Thursday, November 10, 2011

Jodhpur, a cidade azul

Bem pela manhã, cerca das 6h, chego a Jodhpur, mais uma vez de comboio. À saida da estação da-se a confusão do costume com com os condutores de rickshaw. Mas uma vez que ainda era cedo, e segundo o lonely planet a cidade era já ali ao virar da esquina, vou a pé para a cidade. Ao entrar no coração da cidade começo a olhar para o mapa, onde só tem uma ou duas estradas, e começo a olhar para a frente onde vejo dezenas de pequenas ruas! Para variar o lonely planet dá-nos as respostas que precisamos! A melhor maneira de imaginarem a cidade é vendo um daqueles jogos em que temos um labirinto e passamos horas  a tentar descobrir como chegar ao outro lado, foi assim que me senti naquele momento. Depois de andar para a frente e para trás, de passar no mesmo sítio vezes sem conta lá encontrei o lugar para onde queria ir. Mas ainda tinha o meu teste final, depois de uma noite no comboio sem dormir, de discutir com os condutores, de andar perdido ainda tinha que subir uma colina onde claro tinha uma vaca no meio da rua. Para imaginarem o tamanho destas ruas, uma vaca se se põe atravessada na rua, eu tenho dificuldades em passar, e foi exactamente isso que aconteceu! Se tivesse chegado à Índia à pouco tempo com certeza teria dado a volta e tentado ir por outro lado. Mas ao chegar à guest-house deparei-me pela primeira vez com a vista sobre o forte, magnifica!

Estive a descansar cerca de  uma hora para então me dirigir à procura do forte. No inicio tentei ir a pé, pelo meio ainda tentei negociar o preço com "auto drivers", mas nesta pequena cidade quando vêem um branco, ainda para mais sozinho começam logo a pensar que somos daqueles turistas cheios de dinheiro. Já depois de muito andar,de muito tentar negociar lá arranjei um preço aceitável. Nunca tinha tido tantas dificuldades em negociar como aqui e acho que esta foi a pior cidade para isso, mas lá por fim consegui. Bem que posso agradecer a Bangalore por me ter preparado para estes encontros "paranormais". Pedi então a ele para me levar ao palácio, indicando a direcção do forte bem lá no topo da colina. Mas depois de andar algum tempo percebo que ele não me estava a levar para onde queria mas sim para outro lugar, para outro palácio! Por sinal também queria ir lá, ficou a caminho, lá tive foi que renegociar o preço! Mas depois de todas estas visitas quando chego ao forte ele ainda queria mais, mais uma vez tive que andar a discutir com os auto drivers!

Mas tudo acabou, vi o forte que é esplêndido. Não posso dizer que é o melhor que já vi mas sem duvida dos melhores. Depois aventurei-me a ir sozinho para a cidade, primeiro por sítios em que seria impensável, mas com a ajuda de alguns Indianos que fui conhecendo lá cheguei ao fundo da cidade. A partir daqui o desafio era passar por todas aquelas ruas estreitas que se parecem todas as mesmas.  A cidade merece a visita essencialmente pelo seu forte, no inicio era para ficar dois dias nesta cidade mas depois decidi alterar os meus planos e ficar só um. Tenham é cuidado para quem for visitar esta cidade, aqui começa o deserto que vai até ao Paquistão por isso as temperaturas são bem altas. O dia em que estive aqui tinha temperaturas para cima de 40ºC. 

O pior de tudo foi depois mesmo para sair da cidade! Não imaginam quantas vezes me perdi, sai da guest-house para voltar a dar ao mesmo ponto vezes sem conta. Pensava que aqueles filmes em que as pessoas se perdem e voltam ao mesmo lugar diversas vezes nunca acontecesse com ninguém mas pelos vistos estava errado. Depois para arranjar um auto driver levei um bom tempo também, não sei porque mas naquele dia ninguém queria trabalhar, estava tudo de folga. Mais uma aventura para recordar! Agora segue-se Jaisalmer.

Tuesday, July 19, 2011

Jaipur, a cidade rosa

Depois do Nepal seguia-se Jaipur, conhecida como a pink city (cidade cor de rosa). A partir daqui vou começar a viajar sozinho, era uma nova experiência na minha vida. Sempre detestei viajar sozinho, vamos ver como me iria sair.



Depois do dia atribulado de ontem chego a Jaipur às 2h da manhã, sem noção onde deveria ficar, se iria ficar perto ou longe da cidade. Este é o desconhecimento total que não estou habituado com o qual não estou habituado. Claro que já sabia que iria ser abordado por condutores de rickshaw, sedentos por me levarem a determinado hotel para ganharem a sua comissão. À primeira tentativa já sabia que os preços iriam ser exagerados, à segunda lá arranjei a um preço razoável. Atendendo às circunstancias até que não correu mal, foi a diferença entre estar na India à cerca de 4 meses, se fosse logo no inicio seguramente a história seria outra. 

Comecei o dia a tentar a chegar à pink city, à parte da cidade antiga. No inicio tentei ir a pé mas depois desisti da ideia, estava meio perdido e longe do sitio por isso o melhor seria apanhar um rickshaw. O problema foi para  arranjar um, ninguém percebi para onde eu queria ir, mesmo tentando dizer os nomes em Hindi. Em determinado momento momento dizia um condutor que estava no sitio certo, quando na verdade estava no meio de nada. Lá apanhei um outro rickshaw, desta vez fiquei quase no sitio certo, apenas falhou a rua, bem como  o sentido. Estava apenas a ir no sentido oposto aonde deveria ir. 

One of the entrances in the pink city
Depois de muito andar sempre cheguei ao sitio certo. Pelo meio encontrei um gajo que exportava produtos para Portugal, queixou-se da embaixada em Delhi, para além de ser um cubículo dizia que as pessoas não eram as melhores. Mas uma pessoa que até sabia que nessa altura estavamos sem governo. Não é muito normal as pessoas terem tantas (ou nenhumas) informações sobre Portugal. O normal, usual é as pessoas quando digo que sou de Portugal ficarem a olhar para mim com cara de espantadas (algumas até com a boca aberta). Nota-se claramente que a maior parte das pessoas nem sequer tinha ouvido falar de Portugal. Mas o homem lá me deu uma dica, explicou-me que ao lado havia um templo em que se abrisse uma porta (estilo Lara Croft) poderia chegar ao telhado e ter uma boa visão sobre a cidade. Verdade e pelo meio ainda conheci o tipo que cuidava do templo. O mais engraçado é que no próprio templo o homem vendia produtos típicos da zona, como se tratasse de uma loja. Curioso como religião e negócios se misturam. Começo a a perceber que cristãos, Hindus, Muçulmanos, budistas, etc são mais parecidos do que pensava. 



Depois disto começou a visita "propriamente turística".Pelo meio claro (ainda mais sozinho) fui abordado para, entre outras coisas, tirar fotografias com Indianos (o meu passatempo favorito!). A verdade é que depois de se habituar a estas questões, mais que diárias, vai se habituando a elas. Na semana passada, estive uma semana sem tirar fotos com ninguém, nem me perguntaram nada (tipo de onde és), a certo ponto até achei esquisito estar tanto tempo sem me dizerem nada. Pelo meio ainda fiz dois "amigos" que mal falavam inglês. Este tipo de amigos são sempre engraçados, dá sempre para rir e descontrair desde que não se passe muito tempo com eles, que foi exactamente o que me aconteceu. Passadas duas horas, comecei a me encher deles, eles bem que queriam que eu fosse com eles mas não, era o ponto final de uma grande amizade de 2h. Pelo meio até chegaram a ligar para os amigos para eu falar com eles. Com certeza disseram aos amigos "estou com um gajo branco" e tu não, toma lá! Porventura terei sido o maior prémio deles nos últimos tempos. 



Fiquei mais um dia em Jaipur mas mais nada de valor aconteceu, talvez excepto um condutor de rickshaw que por dois rupees (1 cêntimo) não ter aceite o dinheiro, incrível! Até os Indianos estavam escandalizados. Ah, já me esquecia, como se vê na foto em cima pela primeira vez estive à beira de elefantes e toquei num, embora sempre cheio de medo deva admitir. Na guest house ainda conheci alguns turistas onde deu para trocar experiências, pessoas engraçadas que conheci por aqui. Também foi a partir daqui que percebi muitas vezes que estes turistas que só vêm cá para fazer turismo têm muitas vezes uma ideia errada sobre a Índia.

Resumidamente Jaipur é uma cidade bonita, parece ser "organizada" como Bangalore, turistica (quase) como Agra mas demasiada sobre avaliada. Toda a gente me falava demasiado bem sobre Jaipur mas a verdade é que aqui não existe nada que se possa dizer de especial. A aventura a solo até agora tem corrido bem e amanhã é dia de partir para Jodhpur. 

A viagem ao Nepal

Após cerca de semana e meia a viajar pela Índia estava na altura de começar uma viagem pelo Nepal. Devo dizer que estava excitado de conhecer este país incrível. Desde andar no meio dos Himalaias até à sua arquitectura. Um país muito interessante, onde se puder irei voltar um dia. 

Durbar square

Pode não parecer, mas achei o Nepal uma mini-Índia. As pessoas são basicamente as mesmas, o estilo se não é o mesmo é parecido. Apenas diferem no tamanho, são um povo muito pequeno. Quando cheguei ao hotel até disseram que era irmão deles. Ia a viajar com dois amigos meus, Thomas e Pedro, um Francês e um Mexicano. Eles os dois tinham a volta de 1,90 metros, eu com o meu metro e 67cm estava na média do povo Nepalês. Mas ao contrário da Índia o Nepal ainda é um país muito pobre e onde parece que as coisas não irão evoluíram assim tão rápido, embora por outro lado parece que no Nepal não se encontra aquelas pessoas mesmo muito pobres como acontece na Índia. Aqui no Nepal as disparidades não são tão grandes. 

Na chegada ao hotel reparamos logo que não havia luz, energia. Ficamos a saber que em Kathmandu, capital do Nepal, não têm energia suficiente para ter energia durante o dia inteiro. Então o que fazem é cortar a energia durante cerca de 4 a 5 horas por dia. Até têm um calendário com as horas  em que a luz vai falhar. Todo o dia da semana tem uma própria hora em a energia irá faltar. As pessoas que podem comprar geradores, o nosso hotel tinha gerador bem como todos os hotéis da cidade têm gerador, até as lojas locais que ganham o seu dinheiro dos turistas. Esta é uma cidade com muito turistas, quase todos vêm aqui para fazer trekking. Para quem não sabe trekking consiste em fazer caminhadas pelas montanhas. Agora a minha pergunta é se a electricidade é assim na capital, não quero imaginar como será nas outras cidades. 

Monkey temple
No primeiro dia estivemos a fazer visitas ao monumentos mais importantes da cidade. A arquitectura Nepalesa misturada com alguma Indiana é muito interessante. Muito diferente do que estamos habituados a ver. Mas a verdade é que após o primeiro dia depois torna se muito cansativo pois fica sempre a mesma coisa. Das várias coisas que visitei de destacar um dos sítios mais sagrados para os Hindus. Um templo com um rio mesmo a beira, o rio gangues ou um dos seus afluentes, agora não me recordo bem. Ali várias pessoas são cremadas, "queimadas ao vivo". Quem vai lá fica impressionado com o que se vê. Ali são cremados os Hindus e os budistas e é "interessante" ver as diferenças entre os mesmo. Os budistas como os católicos acreditam que o corpo da pessoa falecida vai para o céu ou algo do género o que faz com que este tipo de pessoas estejam constantemente a chorar. Por seu turno os Hindus acreditam na reencarnação, o que torna quase impossível  ver alguém a chorar. Já tinha visto alguns funerais por mim a passar na India, e na maioria das vezes pensava que eram casamentos. A diferença como eles encaram a vida, neste caso a morte é muito diferente. 



No dia seguinte bem pela manhã, demasiado vinha o que mais me excitou a vir, a possibilidade de ir ver o Evereste, a montanha mais alta do mundo. Claro que não ia a pé nem de carro, pois não é possível. A pé iria levar semanas e só poderia ir até a base do acampamento pois a partir daí teria que pagar 25 000 dólares só para passar para o outro lado. Claro sem falar em outras coisas, sim porque o menos era arranjar dinheiro. A solução era fazer uma viagem de avião com vista para as maiores montanhas dos Himalaias e claro incluindo o Evereste. Bem, já agora uma aula de geografia para os menos interessados em geografia. Os Himalaias ao contrário do que muita gente pensa não é uma montanha mas sim um conjunto de montanhas que incluem algumas das montanhas maiores do mundo e claro a maior do mundo, o Evereste. O dia não estava perfeito para boas vistas, muito nevoeiro o que fez mesmo com que o voo fosse adiado por algum tempo. Mas mesmo assim deu para ver o Evereste bem como as outras montanhas. O voo foi agradável, seguro pois era naqueles aviões, melhor avionetas e pensava que se ia abanar por todos os lados mas tive uma boa surpresa e realmente foi dos melhores voos que já fiz. Realmente é uma viagem inacreditável, qualquer coisa fora do normal apenas por cerca de 100 dólares. O voo durou cerca de uma hora, talvez um pouco mais. O único senão neste voo é que estamos demasiado distantes das montanhas, pensava que iríamos ver demais de perto mas a verdade é que se voássemos mais de perto seria muito arriscado.  












Logo depois do voo começou a parte cansativa de toda a viagem, começamos a subir pelas montanhas. Foi um primeiro dia cansativo. Logo no começo da viagem foi alterado os nossos planos. Fomos de carro até a um ponto onde começava a subir e deveríamos começar a andar aí, mas pelo meio não podemos subir de carro. Havia um cortejo na rua o que fez com que tivéssemos que começar a andar mais, mais cerca de 5km extra. O primeiro dia foi caracterizado por subirmos muito, vários degraus, devemos ter subido cerca de 1km nesse dia quase sempre em degraus, muito cansativo. A maioria das pessoas não vem por aquele caminho mas sim por um mais demorado e onde não é preciso subir tanto degraus mas como nós só tínhamos 3 dias de trekking teríamos que ir por ali pois é mais rápido. De dizer que 3 dias de trekking por ali não é muito normal, menos de uma semana é raro ver alguém. O segundo dia já não subimos tanto mas por compensação  foi bem mais longo! Fizemos cerca de 25km, que loucura e ainda para mais num ritmo alucinante. No final do dia estava exausto e com bolhas de ar nos pés. Ao terceiro dia devíamos ter feito cerca de 12km mas só fizemos cerca de 4km. Com as minhas bolhas de ar estava impossível andar, as dores eram por demais. Como estávamos a meio do caminho teríamos que ir de autocarro para a cidade. Ao chegar o autocarro reparamos logo que ele estava cheio, dentro não iria mais ninguém. A solução passava por esperar no mínimo mais meia hora mas sem certezas pois poderíamos estar ali horas ou ter uma nova experiência e ir no topo do autocarro, quando digo no topo é em cima do autocarro para não sobrarem duvidas. Era apenas mais uma experiência a acrescentar ao currículo. Mas isto não é tudo. Imaginem o que é descer os Himalaia no topo de um autocarro por uma estrada cheia curvas, onde as rectas são difíceis de encontrar e onde mal cabe um autocarro, já para não falar nos postes de electricidade. Sim pois se levantássemos muito a cabeça batíamos ou alguns batiam (eu não tinha altura suficiente) com a cabeça nos fios de electricidade! Bem agora imaginem isto tudo, ah e já me esquecia, o condutor gostava de velocidade, mesmo muita. Pronto para além disto imaginem que um dos pneus arrebenta em plenos andamento, o que uma pessoa normal faria? Parava o autocarro, este não segue sempre. Parar para que? 


Miúdos Nepaleses















Apesar de cansativo o trekking pelo menos pelos Himalaias é qualquer coisa de impressionaste, uma experiência muito positiva, não estava à espera que fosse gostar tanto. É uma experiência a repetir mas tentar ir mais alto na próxima vez e com mais tempo. Todo o contacto com a natureza, as vistas, o pôr do sol o ar puro que por ali se respira, coisa rara para mim desde que cheguei à Índia, foi algo por demais interessante. E pela primeira vez na minha vida fui acima dos 2000 metros de altitude! Para um Português é muita coisa subir acima desse patamar! 

No penúltimo dia ainda fomos visitar mais alguns monumentos mas como disse depois de um dia isto começa a ser repetitivo. Aqui tudo tem o mesmo significado, a mesma arquitectura, a mesma história, apenas os réis é que mudam. 

Foi mais uma boa semana que terminou comigo a "stressar". Perdi o meu voo de volta para a Índia! Péssimo dia para fazerem uma greve geral no Nepal. De referir que o aeroporto não ajuda, o pior aeroporto que já vi e porventura irei ver. O aeroporto pelos vistos foi construído entre os anos 50 e 70 e desde aí não sofreu remodelações, por isso imaginem. É a confusão total! Mas no final acabou bem, lá fui a seguir no próximo voo depois de muito "negociar", devo agradecer à Índia pois é coisa que se aprende na Índia é isto negociar! 

Monday, July 18, 2011

Agra, the town of the Taj Mahal

Finally i was arriving to Agra, for the first time i would see one of the seven wonders. The expectations were high but at the same time i knew that I could be disappointed due to the huge amount of photos i had seen during all my life. 

We arrive to Agra during the night. We try to search for a guest house and at the same time that we were going to there we start to discover  a little bit the city. The streets around the Taj mahal are all narrow, it's difficult to pass more than one car, of course there are no sidewalks around here and unfortunately due to this there is a lot of traffic around here. 

After more a negotiation to get a nice price we get the place to stay, right next to one the entrances of the Taj. Now was time to eat, we were so hungry. We were walking in the streets and approached by a guy. He was the owner of a restaurant "inviting" us to have dinner there. We saw the menu, it was nice, even better the prices, much more cheap than in Bangalore! The restaurant was on the roof like almost all the restaurants in Agra and we could see a first image of the Taj. It was dark so we could see much anyway it was our first vision of the Taj. In the morning we left to the "conquer" of the Taj, by the entrance south, right next we were staying and I believe the best gate to enter. 

On the way we were approached by kids of the around 12 years that work for small shops around the Taj, this is always the sad part of India. The kids are placed there to call the "clients", tourists. They use kids because it's more easy for them to call clients, the customer will say something like "poor kid". We were talking with them a little while and trying to understand why they are there. I believe this is guilt of the owners and not of them, they are only attracted by the easy money. Most of them told us that they are going to school but the truth is that most of them don't go and their future starts to be more difficult for them.

We bought the ticket, and in my opinion very expensive.If we compare to the most of prices in India the ticket  is quite expensive, it was 750 rupees. The ticket more expensive that i paid in India, I believe it was 250 rupees. We enter in the gate and after that there is another kind of the door (It´s a building) next but we already could see part of the Taj. When we enter in the building this the image that we have from the Taj. 
After we can really appreciate the Taj. All the surrounding area is very lovely, matching in a perfect way with the Taj. We passed some time there enjoying the place and i won´t say much about it because it´s really a place to admire with your own eyes and not to talk.

Despite all the photos I had seen I was impressed by the Taj, I think I was not expecting to be so amazed by the place. Next we went to the fort of Agra. It´s not so known as the Taj but also very nice. It was a nice surprise because I was not expecting to find such a nice fort here. The architecture it´s typical from that region  where the red predominates. From the fort you also can admire the Taj, it has a nice view to there with the river behind the "curtain".

Next we went to see the baby Taj. Yes, for the people that don't know, there is a small (really small) version of the Taj. The Taj is really impressive, but this? Not really, if it was now for sure i wouldn't go there. On the way to there we went by rickshaw (bicycle).It was a "bumpy" journey. We crash into buffalo(es), and if you're going to ask me if we went by some shortcut the answer is no. We were simply in one of the main roads of Agra. The road was really bad, full of holes, what made that we were always jumping and crashing our head in the top of the rickshaw. Hopefully we are not tall, otherwise the trip was even worst. But the worst was that the driver was really weak. Every small inclination we had to get out of the rickshaw and walk! How I missed so much from the driver from Delhi! The old gentleman made this to seems like an amateur! And this guy have 30 years, the guy from Delhi around 60! But the "best" was remained from the end of the day. This guy hit an old man with the rickshaw, with a bicycle! What a crash, I imagine was the old guy stayed. In the middle of so much space, how could hit the old guy?!!!

In the next day we went to an ancient city about 40km from Agra. The town was basically as the fort of Agra but smaller, more narrow. With so less space we were lost! The palace was on the top of a hill, was easy to see, but how to get there, any clue. We were approached buy another guy that took us there by some really narrow and weird streets. In the middle of the way I was thinking for where the hell is he going?!! The streets reminded  me a lot the slums of the Rio de Janeiro. In the end we arrive there but the man didn't leave us. The usual in this situation was shows the road and in the end ask for a tip. But we already had said to them that we didn't give him money, so we told him thank you, more than one time, and as he didn't realize we told him something like we don't need you more. But in the moment we told him this appears in the exact moment a gut telling us that they weren't guides but workers that help in the preservation of the palace and in some days they would give some small and free tour. Of course when they say this, it never is completely true, so the question was what are you planning? Well he made us the tour and he finished the tour in a spot without any interest, at least for us. But he had the "shop" of his family where he sells some products made of stone, very typical from all over India and specially from that place. 
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After some (a lot) of time we left the mosque, and not the palace as I was thinking. So we went to the palace, but when we arrive to the door of the mosque we realize that we didn't know where was the palace. We had a clue, but it was not sure. Again, we were approached, now by a small kid that took us there in exchange of the ticket. With our tickets he could sell it again. But this kid was something special, out of regular. He was quite smart and funny. We were talking with him in the way and in the end he even shows the old town that is in ruins. I remember that is dream was (is) to be a guide like is uncle. In the return to Agra we had or I had because I was in the window, one of that scares that we always want to avoid. We where in the bus, in a cross (in a high-way!), entering to the "road" we crash into a truck! The driver of the bus instead of waiting that truck passed as it was his right, no he just enter in street. For my luck, I was on the side of the window where everything happen, the driver of the truck turned a little and the damaged wasn't so big otherwise I don't want think what might happen. The funny part is that after one or two minutes arguing they leave the place like nothing happen and with the "cars" damaged. 


The trip to Agra is over. The life for this side doesn't stop and tomorrow was time to leave to Nepal. Mas before it was time to say goodbye to my friend Youni with who I traveled until now. He returns to his country, I would stay here for more some time. This reminds me that I was also about to leave India in a couple of days.


Tuesday, July 12, 2011

The first contact with Delhi

After many progresses and delays we finally got the tickets to Delhi, not by train as ( "my wallet") I wanted but by plane. The goal was going to Agra, to see the Taj Mahal but in the middle we had some adventures in Delhi. 

We land in Delhi trying to get a bus or a train to Agra. According the securities in the airport our best shot was the bus. They indicate us for where we should go and we leave to the inter state bus station. When we arrive to the bus station we entered by the back side of the bus station. Right here I started to think if that was a bus station. The station it seemed a building that was just started to build with constructions everywhere, at the same time that hundreds of people were walking there. Even the people that had their business there didn't stop, they do their life as nothing was going on there. We look for the ticket office, but without success, how could we find the tickets with constructions and workers everywhere??!!! The people didn't speak English but the worst was that they started to talk with us in Hindi as if we were understanding them. They understood perfectly that we didn't speak Hindi, but still they were talking and talking. People would come and go trying to tell us something I guess but after some minutes we were still on the same place without tickets, without knowing what to do! At some point I thought how the hell i'm going to Agra??? The place was chaotic, chaotic as i never saw and this was my 4th month in India but I never saw nothing like this. But the say was just beginning... In the middle of this chaos we found a man that could say some words in English, he told us that we were in wrong station and we should go for another. Without saying nothing he grabs my hand, he writes the initials of the other bus station and he points the place where we should take the bus. He made more some questions, but we stayed there without any answers. We try to get a bus to the other bus station but where we supposed to take the bus, we went to the point where he shows but we din't see nothing. We show the initials to the people there, no one knew what meant. We back to the square one, no square minus one because now my patience was below the standard level. We started to realize that as much as the Indians would love to help us they could't do it. I still don't understand if it's a good or bad thing when the Indians try to help us, even if they don't know.  

The solution was to go by train, the bus was giving us too much troubles. In the beginning we try to go by metro but only to buy a ticket we would be there some nice hour. We try to get a rickshaw but like in the bus station the rickshaw drivers would't understand us, even words like railway or train they would't understand. Finally we got an old man, nice one and it was a rickshaw a real rickshaw not the auto rickshaw. Our first adventure in a rickshaw. He was old but what a strength he possessed, later we realize that this was our best driver, what a man!  

Well new station, different kind of station, exactly the same situation as in the old. Chaos reigned here. This is  the city of chaos, I realize that on this day. I was so used to the train station in Bangalore, I now how difficult can be to get a ticket, but here was out of my imagination that could happen. In this day I started to realize how I love Bangalore, how Bangalore was such a nice place. After some "fights" I got the tickets, but still the number of the platform was wrong. Now I was thinking "I'm going to lose the train!" but in the end everything work well. Well in the moments during the day I said bad of my life but now that i return back I believe that this are the experiences that we only can have in India, in the amazing India! 

Sunday, July 10, 2011

The beginning of the trip, Kerala

After all these amazing 3 months, working, having knowledge, a deep knowledge of the Indian culture, it was time to start my trip in the amazing India. Everything happened to me, like it supposed to be in this country, otherwise i believe this country would't be the same. I hope this blog can be useful in the future to someone. Well my first destiny was Kerala.

I left Bangalore during the night with Youni, my partner on these first weeks. The destiny was Kottayiam, and for the first time here was going to travel in a volvo bus. I was expecting a good journey, but this was my mistake. The journey was really awful. This bus was with the AC off during 15 minutes, other 15 minutes on. The noise of the AC was awful but the worst was the cold, probably for the first time here i was with cold. 

Finally we arrive to Kottayiam, the goal was to get the public ferry to see the backwaters. Most of people go directly to allepey, to get a house boat. But for us was quite expensive, only for 2. So the solution was this public ferry. The ferry does big part of the track that the house boat does and we still do a part that the house boat doesn´t do, the part of the villages. There are people completely isolated in the middle of these waters that only can move in this public ferries. The truth is that the landscape is amazing but at the same time after some time the landscape starts to be always the same. I believe the backwaters are a place that you have to see, but too much overrated. And in a house boat you spend one day there! I believe if you have a big group you can have a nice experience but with only a small group, hum... After some hours i believe you want to comeback. After 3 hours we arrive to allepey, anxious to get a place to stay and sleep, we were exhausted. Allepey there is nothing to see only the point where you arrive or you leave. But I read that the food is quite nice. The truth is that i only ate there once and the food is quite nice.

On the next day we went to varkala, one of best beaches in Kerala. The trip was made by bus, in a bus where simply there weren't windows. The trip took us about 4h in a road that sometimes was right next to the sea, nice views we could see here sometimes. When we arrived to the beach was quite easy to get a place to stay and quite cheap also without even bargaining. That´s true that was low season, but anyway the price was quite cheap. The beach was small and with a nice sea. For some probably too strong, the waves here are big and with strange currents. Sometimes too much, 10 minutes there are equivalent in a normal beach to 1 hour. The current was so strong that it was impossible to remain in the same place, even in a matter of seconds.

In the next day we move to ooty, in Tamil Nadu. The goal was to travel in the old railway of the train. The mission in the beginning was very difficult. We went without tickets, and they were sold out months ago. But for our lucky they have a "special" wagon for people that show up without tickets. Unfortunately the wagon wasn't very nice, but anyway we could go on the train. The journey takes 6 hours to do 30km! The train it´s from the beginning of past century and it´s a steam train! As we were in a improvised wagon we were right next to the locomotive in the tunnels and all the steam would enter in the train, and i don't even talk about the noise... What a ride! And we had some fun due to some nice girls there. The journey is made by tunnels, old bridges, waterfalls, tea plantations and take us to about 2000m of altitude. Well Ooty is a small town, at least accordingly the standards of the Indians, well known by their teas, that is the reason why the train line was made. Also known, for our lucky, by their chocolates. Nice chocolates I ate there, I only think I should eat more.

The first week is over, it´s time to comeback to bangalore for some days and the next trip is to Agra. Regarding Kerala, it´s a nice place mainly for nature lovers. The best time to visit is after monsoons where you can see all the nature in the "maximum power". But it´s always a nice place to visit. 


Thursday, July 7, 2011

Agra, a cidade do Taj Mahal

Finalmente estava a chegar a Agra, pela primeira vez iria ver uma das 7 maravilhas do mundo. As expectativas eram grandes embora ao mesmo tempo sabia que devido às muitas imagens já vistas poderia ficar um pouco desiludido. 

A chegada a Agra foi feita pela noite. Ao irmos percorrendo a cidade até a guest-house podemos ficar a conhecer um bocado a cidade. As ruas à volta do Taj são todas estreitas, onde apenas pode passar um carro, claro está que por estes lados não à passeios e com isso torna-se um bocado congestionada a zona. Depois de mais uma negociação para arranjar um bom preço para ficarmos lá arranjamos sitio onde ficar, mesmo à beira de uma das entradas do Taj. O próximo passo seria ir jantar, a fome apertava. Ao passearmos pela rua fomos inevitavelmente abordados por o dono de um restaurante, vimos o menu, o preço era mais do que aceitável, subimos logo, com a fome que estávamos não dava para mais. Como quase todos os restaurantes da zona, era no telhado que se situava. Era a primeira vista do Taj, era de noite mas já dava para ver parte do topo. De manhã partimos então "à conquista" do Taj, pela entrada sul, mesmo à beira onde ficamos, a melhor porta para entrar. 

No caminho fomos abordados por miúdos de cerca de 12 anos que trabalham para as pequenas lojas em redor, esta é sempre a parte mais triste da Índia. Os miúdos são postos ali para tentar chamar clientes, para estes sentirem "pena", isto tudo ideia claro dos donos das lojas. Estes muitas vezes não olham a meios para  tentar chamar clientes. Alguns ainda dizem que vão à escola mas a verdade é que a maior parte não vão e o seu futuro começa logo a ser comprometido aqui. 

Compramos então o bilhete, caro por sinal, comparando por aqui os preços. Entramos na primeira porta e já poderíamos ver o topo, depois de passarmos a segunda porta é que é possível admirar-lo. Toda a área envolvente é realmente admirável combinando de forma perfeita com o Taj. Passamos ali um bom bocado e não me vou alongar em palavras pois é algo que realmente merece uma visita, vista com os próprios olhos (se quiserem têm fotos no blog!) e não comentado por palavras. Apesar de todas as fotos que já tinha visto consegui ficar impressionado! De seguida fomos ver o forte de Agra, local que não é tão "comercializado" como o Taj, mas também magnifico. A arquitectura é típica daquela região, com o vermelho a predominar. Deste forte também se pode admirar o Taj uma vez que tem uma vista magnifica para lá com o rio por trás de ambos os edifícios. 

Em seguida fomos ver o baby taj, sim, para quem não sabe têm uma versão mini (mais que mini!) do Taj. Mas a verdade é que o Taj impressiona, esta versão nem por isso. No caminho entre o Taj e a sua miniatura fomos de rickshaw (bicicleta), sendo uma viagem atribulada. Batemos contra búfalos, e não, não fomos por atalhos, simplesmente os búfalos andam na estrada. Para complicar a estrada era péssima, cheia de buracos que fazia com que estivéssemos sempre a saltar e a bater com a cabeça na parte superior do rickshaw. E ainda pior era que o condutor era demasiado fraco, resultado?! Numa subida, por mínima que fosse tínhamos que descer e ir a pé. Que saudades do condutor de Delhi, fazia este parecer um amador! E o de Delhi era já um senhor com os seus 60 anos, este cerca de 30... E claro para acabar o dia em beleza com o condutor, na volta, o condutor conseguiu atropelar um homem já com a sua idade bem avançada. Que acidente! Imagino o que terá doido. E que pontaria para atropelar uma pessoa com uma bicicleta com tanto espaço! 

No dia seguinte fomos a uma cidade antiga a cerca de 40km. A cidade é basicamente como o forte de Agra, mas mais pequena, mais estreita. Perdemo-nos logo inevitavelmente. O palácio bem que estava lá no topo, era fácil de avistar, agora como lá chegar, nem ideia!! Lá fomos abordados por um individuo, que lá nos levou por umas ruas um bocado para esquisitas, a meio cheguei a pensar para onde ele nos estará a levar??!!! As ruas faziam lembrar um bocado as favelas do rio de janeiro. Mas por fim lá chegamos, mas o homem não nos queria largar. O normal nestas situações seria nos mostrar tudo como já estava a querer fazer  e no fim pedir nos dinheiro. Então dissemos-lhe logo que não precisávamos dele e logo do nada aparece um gajo a dizer que não eram guias, mas sim trabalhadores locais que ajudavam na preservação do palácio. Eles então disseram-nos que nos davam uma visita guiada sem cobrar! Claro que quando dizem isto por aqui, nunca é inteiramente verdade. Bem, lá nos fez a visita, acabou a visita num sitio que não tinha nenhum interesse, pelo menos para nós, mas tinha lá a "barraca" da sua família onde vendiam artigos feitos em pedra. 

Depois de muito aturar estas pessoas, lá saímos da mesquita, sim ficamos a saber que aquilo era uma mesquita e não o palácio! Fomos então ao palácio! Sem sabermos bem onde era fomos mais uma vez abordados por um miúdo que lá nos levou lá a troco de no final lhe darmos os bilhetes para que ele os pudesse vender outra vez. Mas este miúdo era qualquer coisa, engraçado, inteligente. Ainda nos mostrou a parte antiga da cidade. O miúdo foi realmente qualquer coisa fora do normal do que tínhamos entao encontrado. No regresso a Agra ainda tivemos, ou tive pois era eu que estava na janela, um daqueles sustos que queremos sempre evitar. Estávamos num cruzamento (era uma auto-estrada!) e ao entrar vinha um camião, o condutor do autocarro em vez de esperar que o camião passa-se, não mete-se! Resultado??!!! Colisão... Para minha sorte que estava na janela onde tudo aconteceu o condutor do camião ainda desviou um bocado, dando-se apenas um mini-acidente, mas que deu para o susto.  

A viagem a Agra acabou. A vida por estes lados não para e amanha seria altura de partir para o Nepal. Mas antes estava na altura de me despedir do meu amigo com quem viajei até aqui, Youni. Este regressava ao seu país, eu ficava por mais algum tempo. Isto fez-me pensar que breve era a minha vez de dizer adeus aos amigos por aqui e que o tempo passava a uma velocidade alucinante. 

Friday, May 27, 2011

A chegada a delhi

Depois de muitos avanços e atrasos finalmente conseguimos arranjar bilhetes para delhi, não de comboio como (a minha carteira) pretendia, mas de avião.  O objectivo era ir para Agra, ver o famoso Taj Mahal, mas pelo meio ainda tivemos algumas aventuras em Delhi.

Aterramos em Delhi para tentar apanhar um autocarro ou comboio para Agra. Segundo os seguranças do aeroporto a nossa melhor hipótese era o autocarro. Partimos então em direcçao à estação inter-estadual. Ao chegarmos lá, fomos pelas traseiras, começamos logo a pensar se aquilo seria mesmo uma estação de autocarros. A estação parecia um prédio que tinha começado a ser construído com obras por todos os lados, ao mesmo tempo que as pessoas por ali circulavam e mesmo as centenas de pessoas que por ali tinham os seus negócios como quiosques faziam a sua vida naturalmente. A vida em nada se alterava! Procuramos pelas bilheteiras; sem sucesso! As pessoas não falavam inglês, mas o pior era que nos começavam a falar em Hindi como se nós os fossemos perceber! Mas isto, não durou 1 minuto, mas sim à volta de 5. As pessoas vinham e iam, a explicar-nos, ou a tentar, tudo e mais alguma coisa, mesmo sem entender uma palavra do que nós estávamos a dizer. Mesmo palavras como railway, train, bus station, etc. nada fazia parte do vocabulário deles. A certa altura pensávamos como diabos iríamos sair dali??!! O sitio era caótico, nunca me tinha visto em tal situação e isto ainda só estava a  começar. No meio desta aventura encontramos um homem que nos disse que nesta estação não havia autocarros para Agra e que teríamos que nos mover para outra. Sem mais nem menos este mesmo homem pega na minha mão, começa a escrever as iniciais de uma outra estação e diz para apanharmos um autocarro até lá. Claro que este homem também não falava inglês, a única diferença é que este era mais inteligente e percebeu que nos estávamos desesperados e queríamos ir para Agra. Mostramos as iniciais, tentamos pronunciar a estação a outras pessoas, nada, nem sabíamos como iríamos ir para a outra estação, todas as pessoas sabiam tanto como nós, embora maior parte claro, nem ler sabia ou não nos percebia. Percebemos mesmo que por mais tentássemos ninguém nos iria ajudar, e teríamos que nos mover por nós próprios. 

A solução foi mesmo ir de comboio, agora a aventura era ir para a estação de comboios. Tentamos apanhar o metro mas só para comprar um bilhete iríamos estar a tarde toda, próxima alternativa era apanhar um rickshaw mas novamente a mesma situação, nem palavras como train eles percebiam e claro as que percebiam pediam-nos muito dinheiro! Mas por fim arranjamos um rickshaw, o verdadeiro, o antigo, puxado por uma bicicleta. Uma nova experiência na Índia. Era um velho que nos esteve a puxar por Km até que nos deixou na estação. Mas este apesar da sua idade, foi o melhor condutor que tivemos. percebemos isso mais tarde na nossa viagem, em alguns ainda tivemos que sair do rickshaw para ele se movimentar, este nunca e só parou para beber 3 copos de água com uma rapidez inacreditável. 

Nova estação, meios de transporte diferentes, exactamente a mesma coisa, o caos reinava! Depois de muitas lutas, entre outras para não deixar ninguém me passar à frente. Isto tudo porque na Índia não existe coisa chamada ordem, ordem de chegada, a ordem e mesmo quem chega primeiro lá à frente. A muito custo consegui o meu bilhete, ainda consegui saber o número da plataforma (por sinal estava errada) e quase ficava sem o meu troco. Claro o vendedor dos bilhetes deve ter pensado para ele, se lhes digo a plataforma fico com o troco! Ao fim de longas horas por fim estávamos a caminho de Agra!  

Tuesday, May 24, 2011

Kerala

Aqui começa um mês de viagens pela Índia, onde de tudo me aconteceu. Espero que gostem e quem sabe se não irá ser útil para alguém no futuro. A minha primeira viagem foi então para Kerala, destino conhecido pela sua paisagem verde e por os seus backwater.

Partimos pela noite para kottayiam. Pela primeira vez iria viajar num volvo, com boas perspectivas de ter uma boa viagem. Erro fatal! Os indianos quando ligam o AC não brincam, é para pôr abaixo dos 15°C; que frio! Foi das poucas vezes que iria passar frio pela Índia. Mas a para complicar passavam a vida a desligar e a ligar o AC; barulheira toda a noite!

Objectivo da ida a Kottayiam era para apanhar o ferry público para ver os backwaters. A maior parte das pessoas aluga um houseboat; mas fica demasiado caro so para dois. A solução foi mesmo apanhar o ferry. Para quem não sabe os backwaters são um conjunto de canais de água (para melhor descrição vejam as fotos no álbum) com mais de 900km e são possivelmente a maior atracção em kerala. O ferry faz grande parte dos houseboats e ainda passamos por o meio de algumas povoações. Existem partes em que as pessoas vivem completamente isoladas e onde só podem-se movimentar através do ferry, vivem mesmo no meio de ilhas no meio dos canais de água. A verdade é que vê-se imagens espectaculares, mas ao mesmo tempo, a partir de determinado momento torna-se demasiado repetitivo. Passadas cerca de 3h deu-se a chegada a allepey onde logo arranjamos um lugar para ficar e claro descansar após uma longa noite.

No dia seguinte fomos para varkala, uma das melhores praias de Kerala. A viagem foi feita de autocarro, num autocarro onde simplesmente não existiam janelas. A viagem foi feita em cerca de 4h por uma estrada (a única por aqueles lados) que por vezes seguia mesmo a beira mar. Chegando à praia foi arranjar um lugar para ficar. Para nossa surpresa arranjamos logo um sitio por um preço bem barato, e sem negociar! Por norma pela Índia consegue-se preços razoáveis mas sempre com a necessidade de negociar, faz parte da cultura deles. A praia era pequena, com umas grandes arribas o que fazia com que tivesse umas vistas incríveis. Por outro lado aqui as correntes eram fortes, fortes como porventura nunca tinha visto, lá 10 minutos pareciam uma hora.

No dia seguinte fomos para ooty, já em Tamil Nadu. O objectivo era percorrer a linha férrea do toy train. A missão à partida era quase impossível pois não tínhamos bilhetes. Depois de muita espera na estação conseguimos os bilhetes, na pior parte do comboio, mas conseguimos os bilhetes que era o mais importante. A viagem dura 6h, para fazer 30km num comboio do inicio do século passado que ainda funciona a  vapor. Esta é feita por meio de túneis, cascatas, plantações de chá levando-nos a cerca de 2000m de altitude. A locomotiva estava mesmo por trás de nós sendo o ruído bem perceptível mas pior era mesmo o fumo que nos túneis entrava dentro da carruagem, nem para respirar dava. Ooty é uma cidade que fica no topo de uma montanha conhecida pelos seus chás, razão de existência da linha de comboio, e pelos seus chocolates (tão baratos e bons).

A primeira semana de viagens acaba, cansativa, mas soube bem, o inicio de uma longa jornada.    

Thursday, April 7, 2011

Mysore

O fim de semana começou com um aniversário de uma amiga, Cynthia. Ela queixa-se que não escrevo o suficiente sobre ela, bla bla, por isso os meus Parabéns! Felicidades e que possamos nos reencontrar no futuro para celebrar mais belos momentos.

Ao sair da festa aconteceu mais um momento "caricato" por estes lados. As minhas companheiras de apartamento queriam-se ir embora, cansadas e por que trabalhavam no dia seguinte era hora para elas regressaram. Mas não podiam, ou melhor os Indianos não deixavam. Porquê? Porque são mulheres! Incrivel como num país onde nunca ouvi falar de assaltos ou coisa parecida, imploraram-me (obrigaram-me) para ir com elas. Elas jamais poderiam ir sozinhas, pura e simplesmente tive que ir com elas. A festa acabou para mim! 

Mas no dia seguinte começa a verdadeira história. A minha ida a Mysore. Cidade pequena (para a Índia), fui para lá sem grandes expectativas, mais para fugir do tédio que as vezes se instala em bangalore. Saímos de Bangalore por volta das 15h de comboio. A minha primeira viagem de comboio. Estava à espera de um comboio cheio, a abarrotar, tal e qual como se vê no you tube, mas não, para minha desilusão. É verdade que ia cheio, mas não para os padrões da Índia. Iam pessoas em pé, preferencialmente a beira das portas, mas nada de extraordinário. Viajamos em 2ª classe, onde praticamente toda a gente por aqui viaja. O comboio cheio de ventoinhas, preciosas nos dias de calor, como se tem sentido nos últimos dias, mover-se-ia lentamente. A velocidade média deve rondar os 100km/h, se tanto. É lento mas ao menos costuma chegar a tempo. Durante a viagem estavam sempre pessoas a passar por nós, vendedores ambulantes. Uns pertenciam ao comboio, outros penso que nem por isso. Vendiam de tudo um pouco, desde fruta, amendoins, chã (Chai) . Aqui provei, porventura, os melhores amendoins que já tive na minha vida. O único ponto negativo mesmo é  as casas de banho, digamos que a higiene não é a melhor. 

Aqui um parêntesis para falar de chã e café. Aqui o chã ao contrário da maioria dos países (que eu conheça) não é água fervida com a "infusão". Aqui é (senão estou em erro) é o chã típico que temos mas eles acrescentam leite, e por vezes especiarias. A verdade é que é muito bom! O café já não posso dizer que é a mesma coisa, não é mau, mas o nosso é melhor. Basicamente é água com leite (mais uma vez, penso eu de que....) 

Mysore é uma cidade pequena a alguns km de Bangalore. Tem algumas atracções turísticas, não muitas, mas dá para passar um bom dia, tal e qual como fizemos. O facto curioso foi que neste dia jogava a Índia, em cricket. Final do campeonato do mundo e para quem não sabe, cricket é o desporto nacional daqui. Na verdade é praticamente o único desporto que por aqui existe. Eles ainda falam de futebol, a verdade é que é difícil ver alguém com uma bola. As pessoas são tolas por cricket, mas ao mesmo tempo parece que às vezes  não se importam. Estamos dentro de uma pizzaria a ver o jogo, a parte final. Sim, porque o jogo em média tem 8h! Mas descobri no dia a seguir que no inicio o jogo tinha dias e não horas! Ainda bem que reduziram! Mas lá estamos nos a ver o jogo, as meninas a comer, pois senão não estaríamos ali, e dezenas de pessoas cá fora a ver o jogo pelo vidro. Sentei-me em frente a televisão sem reparar, disseram logo para sair dali. Ganharam no final, mas depois à espera de grande festa, afinal ganharam o campeonato do mundo pela 2ª vez, mas não ouve grandes coisas. Segundo algumas pessoas ouve alguns festejos por Bangalore, mas suponho que nada de extraordinário. 

No dia seguinte vimos o palácio. O palácio é mesmo muito bom, espectacular, merece mesmo ser visto. Então ao domingo  à noite quando por uma hora acendem todas as luzes é ainda mais espectacular. Outra coisa boa que esta cidade tem é a comida, um bocado picante demais para meu gosto, mas boa. Evidentemente que o meu estômago ressentiu-se, mas após 3 meses por aqui, o estômago já vai aguentando melhor. 

À tarde tive uma das melhores "experiências" por estes lados. Fomos visitar o mercado de Mysore. Aqui pode-se encontrar de tudo um pouco, mas claro, cheio de gente, muito diversificado, colorido. Sempre com pessoas de um lado para o outro, com uma agitação inacreditável. Aqui deu para conhecer mais um bocado da Índia "verdadeira". Até deu para aprender a fazer incenso. 

Bem, fez-se de tudo um pouco, experiências novas, resumindo um bom fim de semana. Vejam as fotos, interessantes! Até à próxima. 

Wednesday, April 6, 2011

O inicio do fim

O tempo passa rápido, principalmente quando não o desejamos, é lento quando precisamos que seja rápido. Acontece em todo o lado e a Índia não foge  à excepção. Esta semana acaba o meu estágio, é o inicio do fim de uma grande aventura. Ainda parece que cheguei aqui "ontem", quando na verdade já estou quase a partir. 

Começa a ser tempo de balanço, do que irei fazer agora, ou não, um misto de sentimentos começa a passar-me.  Começo a pensar nas diferenças entre os países, nas diferenças culturais, nas mudanças de hábitos. Faço questões como: Será que vou andar no meio da estrada como é costume aqui? Será que vou atravessar a rua que nem um tolo? Será que o carro vai parar (por aqui podes estar a bater que os carros não irão parar)? Ao conduzir irei fazer os mesmo movimentos que vejo por aqui (é melhor não senão fico sem a carta em 1 minuto, se tanto)? Resumindo irei sobreviver? Uma coisa que tenho andado a pensar é que não tive grandes dificuldades em adaptar-me à Índia, mas não tenho a mesma certeza em relação em voltar. Depois de adquirir alguns hábitos, penso que será difícil deixa-los, mas isso só o tempo poderá responder. 

Mas a aventura continua, por isso digo que isto é o inicio do fim. Vou ficar a viajar por aqui durante cerca de um mês, explorando este país cheio de surpresas. Pretendo conhecer o norte melhor, irei também ao nepal. 

Se é verdade que já começo a sentir saudades daqui, também é verdade que estou excitado por poder viajar. 

Holi, um dos festivais mais divertidos que já vi

Este fim de semana foi espectacular. Muita diversão, alegria, muitas coisas para fazer. Molhado, seco ou colorido! Exaustivo também, chega a segunda e estou sempre cansado. Porque não temos um feriado à segunda para descansar do fim de semana? Mas o que interessa é que foi mesmo bom.

Sexta à noite, a primeira festa em Frazer palace, pelo menos desde que moro aqui. A festa foi divertida, sobretudo graças o Ronan em bom plano (bêbado entenda-se). A festa foi calma, deu para conhecer nova gente e passou-se bem o tempo. 

Também foi a primeira vez que Ricardo conheceu o pessoal de benson town entre outras pessoas. Ricardo é o novo estagiário que chegou, Português! Bem começa a ser realmente esquisito viver na India num apartamento onde 5 pessoas falam Português. É daquelas coisas que antes de virmos nunca vamos esperar, nem com uma quanto mais com 5???!!! Por vezes penso se será bom ou mau??? Mas a verdade é que tem as suas vantagens e desvantagens, gosto de tirar partido das vantagens...

No sábado fomos à Wonder La. É um parque temático com uma parte seca e outra molhada. A verdade é que antes de ir para lá pensei que só fosse um parque aquático, mas enganei-me. Houve bons momentos lá. Pela primeira vez entrei numa "discoteca" onde estava a cair água, bem interessante o conceito devo dizer. O parque era interessante mas nada de interessante. Estava à espera de grandes quedas de água, muita adrenalina, mas não. Eu pensava que por estes lados, como vimos todos os dias cá fora, a segurança era coisa que não era chamada para aqui, mas enganei-me a segurança era demais! Nem dava para ter um bocado de adrenalina. Uma experiência não muito Indiana, mas que soube bem. 

Agora a melhor parte, mas também a mais difícil de descrever, se puderem pesquisem no google, o conceito é mesmo bom. O Holi, festival Hindu, um dos maiores da India. O festival das cores. A história deste festival está relacionada com alguns deuses hindus, a verdade é que me contaram a história, mas como todas as histórias sobre deuses hindus esqueço-me. A melhor maneira de o descrever será porventura compara-lo com o Carnaval quando éramos crianças. Imaginem que têm uma pistola cheia de água e a estão a atirar aos amigos, agora substituem a arma e a água por cores, pó de várias cores (vejam as fotos). Objectivo? divertir-se. Como? Tentar colorir o resto das pessoas, o mais possivel. Além disso temos uma bebida muita característica do holi, o bhang (creio que é assim o nome). Feito de leite, chá e outro ingrediente que nos pode levar a loucura (só descobri que ingrediente era depois de beber). Claro, isto só poderia ser legal na Índia, na maior parte do mundo seria ilegal. Mas falar é muito bonito, mas o ideal é fazer o seu próprio holi. Já levo algumas cores para Portugal, assim já me posso divertir. Os efeitos secundários das cores é que poderão não ser muito agradáveis. Estou com partes do corpo pintado de verde e rosa, as unhas dos meus pés estão mesmo pintadas de rosas e não há jeito de sair. Hoje estava a olhar para os pés de uma mulher e reparei que tenho as unhas mais pintadas do que ela. E isto pode demorar semanas a sair, mas valeu a pena! 

Divirtam-se! 

Tuesday, March 22, 2011

Goa, um pequeno pedaço de Portugal

Goa, um estado da Índia, antiga colónia Portuguesa. Um bonito lugar para viver, viajar, para aproveitar. A primeira vez que fui a Goa, tenho que admitir que foi um bocado esquisito. Esquisito, no sentido em que parecia que estava a entrar noutro país, parecido, mas não o mesmo. Foi muito bom reconhecer tantas coisas típicas do nosso país. Os nomes, a arquitectura, os edifícios por nós deixados lá, tantas coisas. 
Entramos em Goa por umas montanhas, curva e contra curva, a viagem por esses lados não foi muito simpática, compensava a vista, algo maravilhoso. É realmente maravilhoso os contrates que por ali podemos encontrar, em um momento estas no meio de uma montanha, algum tempo depois estas no meio de uma praia. O maravilhoso por aqui é que apesar de ser um dos maiores destinos turísticos na Índia, grande parte do estado continua rural. Durante a minha chegada podemos ver pelo caminho pequenas lojas, com nomes típicos Portugueses como farmácia ou café. Eu gosto de dizer que Goa é um pequeno pedaço de Portugal, pelo menos para mim. Na Índia é praticamente impossível ter qualquer tipo de cultura Portuguesa, aqui temos um pequeno refugio para nós.

Na minha primeira viagem fiquei lá por dois dias, fomos à praia, alugamos umas motas, fomos explorar o norte da ilha. Foi realmente bom, a primeira vez é sempre algo de especial. Também por coincidência foi a ultima viagem de um colega nosso. Mas a coisa não correu bem para ele. Aqui tens que estar sempre à espera que a tua próxima refeição poderá dar cabo de ti, não significa que esteja estragada, mas apenas o facto de estar um bocado mais picante que o normal, poderá dar cabo do estômago. Por coincidência foi a ele que afectou mais, passou o fim de semana na cama...

Na segunda vez, fomos a um outro lugar, novamente no norte. As diferenças entre a primeira vez e a segunda, não diria que são gritantes, mas são visíveis. A primeira era uma praia, praticamente deserta, com vacas na praia, aquela típica vaca Indiana que está em todo o lado. Desta vez era mais uma praia turística, onde não se viam as vacas, mas sim cães, muitos deles. Até fizemos um amigo lá, Jimmy, que cão maravilhoso! O cão pertencia ao dono do restaurante (por coincidência também era o dono onde dormimos), ele era como uma espécie de guardião do local. E que guardião, guardava também o local que afugentava até os clientes. De repente só vimos o Jimmy a começar a correr e ferrar um gajo, Indiano. Por norma só ladrava aos Indianos, o que não me deixou muito seguro. Até porque ele estava mesmo por trás de mim, sorte a minha. Enquanto esperava pela comida, enquanto comia, não tirava os olhos do cão. Por sorte minha esta não era a minha ultima história com ele, à noite outra vez meteu-se no meio do caminho, desta vez não podia mesmo mexer-me, tive que esperar que alguém da casa o tirasse de lá. Digamos que foi um cão que gostou mesmo de mim. 

Desta vez, para minha satisfação ficamos 3 dias em vez dos 2 da ultima vez. Com 3 dias podemos gozar muito mais, não precisamos de pensar sempre que amanha já temos de voltar, o tempo passa mais devagar. Mas sejam dois ou três dias, sabe sempre bem viajar.

Mas agora Goa começa a esquecer a sua história. O português já não é mais uma língua falada por aqui, apenas pessoas muito idosas falam Português, pelo menos assim me falam as pessoas. Verdade seja dita, nunca vi ninguém a falar Português. Agora Goa começa a ser conquistada, pelos russos. É impressionante o número de russos que andam por aqui, em cada 10 pessoas, pelo menos 5 são russos, se não mais. E dos outros 5 não estejam à espera que sejam Indianos. Os Indianos apesar de terem tantas e fantásticas praias, não são muito fãs delas. Alias grande parte deles, nem nadar sabe.  Mas retornando à Russia, até os menus são em russo. Para as pessoas que se queixam que no Algarve é só Ingleses ou Alemães, esqueçam!  Pelo menos aí podemos encontrar Portugueses, e por norma ainda são cerca de 50%, aqui nem 10% são Indianos.

Na primeira vez fomos a Old Goa, ali parece mesmo que estamos em Portugal. As igrejas, são completamente Portuguesas, a calçada, as ruas, a arquitectura envolvente, etc. Infelizmente não tive a oportunidade de visitar toda a Old Goa, espero ter a oportunidade de lá voltar com mais calma. É realmente interessante ver como o nosso país contribui, adicionando valor a Goa. Penso que é perfeitamente visível que aqui, pequenas coisas que o resto da Índia tem e que não são agradáveis, aqui não se nota tanto. Desde a simpatia das pessoas, à forma como levam a vida de uma forma diferente, penso que é possível ver como não é, no mínimo igual ao resto da Índia, na minha opinião graças a nós.


Bem este fim de semana lá volto outra vez a Goa, com tanto sitio para viajar, acabo sempre por voltar a Goa. Sabe bem, devo admitir!




Monday, March 21, 2011

My weekend, the Wonder La and HOLI


 This last weekend was great. Lot of fun, different things to do, so wetted, so colored! And of course exhaustive. I don’t know why but every Monday I’m really tired. We should have a holiday in Monday to recover from the weekend. Anyway that’s how the weekend feels well, being tired only meant that was awesome! But let’s star by the beginning.

Friday night, my first party in Frazer palace, at least since I live there. The party was cool, Ronan make us left and a lot! Oh yeah Ronan, we have fun, lot of the time because of you. In the other point we had Cynthia and Claire, sick! I don’t know why but this week almost every girls of benson town and Frazer palace were sick, and from the same thing, I just would like to know why, what they were doing???!!! Coincidences… But returning to the party it went well, it was a calm party, basically we chat, but sometimes we don’t need more to have a nice party.

Also was the first time that Ricardo knew the people of benson town and other people that went to the party. By the way Ricardo is the new intern that arrived is last week. Another Portuguese! It’s so weird that palace now. We live 8 people there, yes you listen well, 8 people. And from that 8 only 3 don’t speak Portuguese. Before I came to India I was thinking, I won’t find anyone that will speak Portuguese with me, and the truth is that I lived with 4 people that speaks Portuguese. Too much weird! Some times I think, this is good? Or not really? I can’t answer to that question, only the time will answer to that, maybe…

In the next day we went to Wonder La! Wonder La is a thematic park, with a “dry part” and a aquatic park. When I went there I thought that was only an aquatic park. Wrong! We passed good moments there, for the first moment I went to a club where was raining! Pretty cool, some clubs could do the same. The park was cool, but nothing out of the ordinary. I was expecting big water falls, lot of excitement, but no way. I was thinking that I could find something like Aqualandia (Benidorm) as in last year, that was supreme (and also scary). Another thing that was weird for me was to find so much security there. For being honest I was expecting almost any security, but was completely the opposite, they had so much security, in some cases too much. With that we had to wait so much. I recommend it, to get out a little bit, out of the routine, go there. It’s not very “Indian” but everybody likes to have fun.

Now the best part of the weekend! Holi, one of the major festivals in India. The festival of colors. I don’t know all story about it (actually someone told me about it, but as usual I forget everything), so just imagine that is awesome. The best way to compare it, is for you to imagine the carnival when you’re kid, and you’re wetting everybody with water. Now just add so many colors in the the water, and also only the colors and throw it to the people, play with them. And you have Holi, basically the brief. We also add beer and a special drink of holi, bhang (I think) that is made of tea with milk and another thing that doesn’t matter! Actually I liked the drink, very sweet in my opinion. Like carnival, with holi you have to participate to feel it. Words are very pretty, but if you don’t participate you will never know how It’s holi. If you have the chance, do it! Just remember that some colors take some days (I’m being very optimist) to disappear. I’m still so much pink, oh yes, from all the colors, I’m basically pink with some green.

In general, a nice weekend passed in Bangalore, showing that we also can have fun in Bangalore, and without the necessity of going to IVES.

Next weekend I’m going to Goa (yes I know, again!). What can I do?!, I love it! I just hope for that time all the colors will have disappear, otherwise it will be a little embarrassing.

Have fun! And for people in Europe (and not only) enjoy spring!    

A barreira dos 60

Após quase mês e meio de Índia quebrei a barreira dos 60kg! E não pensem que peso mais de 60, é precisamente o contrário estou nos 59! Já não deveria ter este peso desde os meus 10 anos de idade. Impressionante desde há cinco anos atrás tento perder peso, em vão, acho que foi sempre a aumentar. Cheguei aqui com 68, acho que grande parte desses 6kg foram perdidos logo na primeira semana.

Sempre fui uma pessoa que nunca gostou muito da comida picante, mas por aqui é coisa que não existe. Considerem ai o prato mais picante que conhecem, aqui nem picante dizem que tem.Aqui, mesmo o chili  (picante para carago!) eles comem, como se fosse um aperitivo. Eu uma vez pus aquilo a boca a pensar que era um vegetal, erro meu, nem queiram saber o que passei a seguir. Comi, bebi e parece que continuava tudo na mesma.

Agora imaginem me aqui na minha primeira semana. A primeira vez que comi comida por aqui, até disse mal de mim, e pediram para mim o que havia de menos picante. Eu suei tanto, por todos os lados, e não sou pessoa de suar. A minha primeira semana foi passada na casa de banho! Sem mais comentários! Acreditem nunca passei tanto tempo na casa de banho. A primeira coisa que fazia quando chegava a casa a noite era ir para lá. Aqui tenho que agradecer aqueles comprimidos que são mágicos, que nos ajudam a parar a diarreia, milagrosos!  Mas o problema não é só a diarreia, são os "socos" que levas no estômago, o queres comer e não saber o que por teres medo! 

Mas eventualmente tudo foi passando, continuo a ir a casa de banho, o picante continuo a sentir mas o estômago já nem por isso. Agora falando especificamente da comida Indiana, eu gosto! Sinceramente era coisa que não tinha pesquisado antes de vir, apenas descobri quando cheguei cá! É dicifil explicar o que é a comida Indiana, mas vou o tentar fazer. Já comecei a pôr algumas fotos no álbum, mas tentarei adicionar mais. 

Para começar tens que dividir a comida Indiana em dois tipos: vegetariana e não vegetariana. Isto vem essencialmente do Hindu, tal como o Cristianismo que se divide em vários tipos, o Hinduísmo é a mesma coisa. Umas variações permite comer carne (ou peixe) outros nem por isso. A verdade é que mesmo os que não são vegetarianos, comem pouca carne. Restringem-se essencialmente ao frango e pouco mais. A comida Indiana caracteriza-se essencialmente pela sua comida picante, primeiro que te adaptes (e nunca te adaptas completamente) tens que sofrer muito, mesmo muito. Todas as semanas temos um estagiário que passa mal. Mas depois de te habituares, começas a apreciar a comida, que por sinal e boa, pelo menos sem o picante. Mas ao mesmo tempo eles possuem comida, como explicar???!!! Doce, acho que a palavra será mesmo doce. Eles para alem da comida picante ao mesmo tempo, possuem comida mesmo muito doce. Pessoalmente para mim torna-se difícil comer comida doce. Consigo comer um bocado, mas nunca consigo terminar.

Eu basicamente como essencialmente comida vegetariana, como disse mesmo as pessoas que não são vegetarianas costumam comer mais comida vegetariana. Assim se passa com os meus colegas com quem vou almoçar. O lugar costuma ser sempre o mesmo, Kadamba! Boa comida ali encontro devo admitir. No inicio sentes te "excitado", todos os dias experimentas algo novo, mas passado mais de um mês estas sempre a comer a mesma coisa. A comida continua a ser boa, mas repetitiva. Vou tentar me lembrar e tirar fotos do que costumo comer, já comecei a fazer isso, espero que me lembre. A comida por aqui e mesmo diferente, e difícil explicar o que estamos a comer, pessoalmente as vezes nem sei o que estou a comer, e na maior parte das vezes e melhor nem saber.

Este e o meu conselho da semana, se querem emagrecer, venham fazer uma visita.
Aqui estou a espera. 








Saturday, March 19, 2011

Frazer town, agora denominado Frazer palace

Terça-feira, 1 de março, um dia comum para tanta gente, o dia em que alguns de nós deixamos Raheja. A vida nunca será mais a mesma após raheja. Aquele apartamento tem mais histórias do que podem imaginar, mais histórias do que alguma vez eu poderia imaginar. Se as paredes falassem, certamente ouviria histórias inacreditáveis.

Aquele apartamento é (era) por norma o 1º contacto que tens quando um estagiário chega a Bangalore. Foi o que aconteceu comigo, foi o que aconteceu com centenas, senão milhares de pessoas. Quando cheguei a raheja deveria ficar por lá apenas alguns dias (ou semanas) e depois mudar-me para um local mais perto do meu trabalho. Mas a verdade é que desde o primeiro momento que eu entrei naquele apartamento eu senti que aquele era o meu lugar (tirando a parte de estar a viver num sofá!). Talvez também por estar dois dias sem dormir e aquele foi o primeiro lugar onde pude descansar quando cheguei. Após alguns dias, após conhecer melhor as pessoas, decidi ficar por lá. Decidi escolher raheja, o seu ambiente, os amigos, a vida social, claro a piscina, quem consegue resistir a um apartamento com piscina?!! Por outro lado tive que abdicar do conforto de viajar, sim que desde raheja até ao meu trabalho em média desperdiçava 3h30 por dia em viagens.

Agora, depois que saí de raheja, que o tempo me permite discernir melhor, tenho a certeza que fiz  a escolha certa. Sem aquele apartamento não estaria conectado com os meus amigos, não teria tanta diversão, a experiência na Índia não seria tão grande. E no final, tudo se resume a isto, uma experiência inacreditável, é o que todos procuramos e com raheja torna-se mais fácil. 

Neste dia (1 de março) raheja está quase vazio, apenas duas pessoas estão ainda a viver lá. O fim de raheja está próximo, para mim acabou na quarta-feira, quando fizemos a festa de despedida. Foi bom ter tanta gente por lá, tanta gente da Aiesec de bangalore, coisa que não é muito normal. A festa foi boa, num tom já de nostalgia, saudade, palavra que só posso utilizar neste post (e não no de Inglês). O meu ultimo momento por lá acho-o curioso, no mínimo. Foi a tirar coisas de raheja para levar para frazer town, este é o momento que marca a transição da passagem de raheja para frazer town. 

Agora, em frazer palace, não mais frazer town, estou me a acostumar. Aos poucos, não será de um dia para o outro. Ainda ontem me perdi no autocarro ao vir para cá, perdi, bem digamos que não saí na paragem certa. Apenas tive que fazer o caminho inverso. Frazer town (não a casa mas o lugar) a primeira vista não parece ser o melhor, mas depois de alguns dias percebo que até é um bom lugar para se viver. Frazer town é um parte de Bangalore conhecido essencialmente por ser um bairro islâmico, acho que 80% senão mais são muçulmanos. O melhor daqui será porventura que se encontra carne com mais frequencia, coisa dificil em outra parte de bangalore. As pessoas na Índia em grande parte ou são vegetarianas ou preferem comer comida vegetariana, por isso torna-se difícil arranjar carne ou comer carne. Mesmo as que não são vegetarianas apenas comem, frango e por vezes cordeiro. Se vierem aqui, preparem-se para abstinência de carne. Macdonald's aqui? Eu gosto de lhe chamar Machicken apenas, os menus são basicamente a base de frango. Esta quarta foi um longo dia para mim, após a minha primeira noite por aqui, passei horas a limpar algumas coisas por aqui, fui ajudar o gajo que está a alugar o apartamento a comprar coisas para casa (para tentar tornar um lugar decente, não queiram imaginar como era isto quando cheguei aqui para ver o apartamento). Depois lá tive a festa de despedida de raheja, o dia não poderia acabar sem isto! O palácio (palace) seguramente ainda não é palácio, considerem-no apensa semi-palácio, por agora. Aos poucos lá se chegará a palácio.

O melhor neste novo apartamento é o espaço, mesmo grande, com uma varanda, e ainda melhor um telhado para nós. Era perfeito para fazer churrascos, mas não há condições, e apesar de ser mais fácil encontrar carne aqui, isso refere-se mais aos restaurantes. É possível encontrar carne por aqui, mas não esperem que a qualidade seja boa, no mínimo será sempre duvidosa.

Bem o tempo esgota-se, a vida por aqui não para e hoje mais aventuras virão. Fiquem bem.


Até à próxima!











Wednesday, March 16, 2011

Pondicherry, provavelmente a cidade mais francesa da India

Este fim de semana fui pela primeira vez, não para o oeste da Índia, mas para o este. Também pela primeira vez viajei sem nenhum dos meus colegas de casa e apenas com pessoal de Benson town (outro apartamento com estagiários como eu). No total seriamos 4 pessoas a viajar, perfeito para viajar, não temos pessoas em excesso, nem em "defeito".  

Pondicherry foi então o lugar escolhido, uma antiga colónia francesa, um bocado como Goa mas de tamanho mais reduzido. Aproveito aqui para lembrar (esqueci-me de comunicar no ultimo post) que Goa, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma cidade, mas sim um estado. Saímos de Bangalore por volta das 11h da noite para chegar lá por volta das 6h da manhã. A viagem não foi muito agradável. A estrada que nos leva até pondicherry é mesmo má, cheia de buracos, estávamos constantemente a saltar que nem kangurus, já para não falar do ar condicionado que estava sempre ligado, uma temperatura fria encontramos por aqui, raro por estes lados, só mesmo com AC. Para complicar foi a primeira vez que viajei num autocarro sem camas, puramente só com bancos e ainda por cima não era turístico, mas sim um autocarro mais urbano.

Ao chegar encontramos uma guest house logo na segunda tentativa. A melhor em que estive até agora na Índia, e por um preço acessível. Até AC tinhamos, coisa muita rara por aqui, uma varanda bem agradável, e pessoas agradáveis. Dormimos por um bocado para recuperar as forças. Depois fomos tomar o pequeno almoço, a uma padaria francesa. Boa comida, bons bolos, e pela primeira vez na Índia encontrei pão, um pão típico, sem ser de forma! Acabamos e lá seguimos o nosso caminho, descobrindo um bocado da cidade. A cidade na verdade não tem nada de extraordinário para se ver, talvez para os indianos sim, uma vez que a cidade parece mais francesa do que Indiana. Basicamente a cidade tem alguns templos, igrejas, uma boa vista para o mar. A maior valia desta cidade é relativamente limpa, se compararmos com outra cidade Indiana, é mesmo muito limpa, pela primeira vez na Índia encontrei um caixote do lixo, acreditam?!!! um caixote do lixo!!! A cultura francesa esta exposta pela cidade inteira, desde a comida até à arquitectura. Por aqui até as pessoas são mais simpáticas, uma das maiores diferenças entre Bangalore e Pondicherry. Nesse aspecto Pondicherry e Goa são parecidas, aqui talvez devido terem sido colónias de países europeus as pessoas relacionam se de maneira diferente, o facto de continuarem a conviver com muitos estrangeiros também deverá ajudar. A cidade vale mais pelo seu ambiente do que pelo seus pontos turísticos.

Depois fomos até à praia, a cerca de 6km da cidade. A praia estava cheia de gente, um bocado para o sujo, com os Indianos a olhar para nós como é normal (principalmente para as raparigas). Na Índia as pessoas normalmente vão para a praia com a sua roupa e na maior parte das vezes nem a tiram, então as raparigas e impossível, sempre com a roupa. Por isso podem perceber como eles ficam quando vêem uma rapariga em bikini! Tivemos alguns perseguidores por algum tempo, se as raparigas iam à água, era a loucura! Se nao estivesse ninguem na água, de repente estavam logo no mínimo 6 pessoas, e sempre a aumentar. E também não são discretos, colocam-se mesmo à volta delas, bem chegados. Lá tivemos que andar um bocado para eles desistirem até à próxima praia. Esta por sorte estava deserta, apenas para nosso belo prazer. Com a noite a chegar tivemos que voltar. Fomos até à rua principal procurar por um autocarro, andamos um bocado e encontramos a paragem. O autocarro apareceu do nada, entramos à pressa, aqui ou se entra rápido ou se fica em terra, apenas questões de um dois segundos. O problema é que estava sem t-shirt, entrei mesmo assim, sem oportunidade de a vestir. Quando entrei o autocarro estava cheio de indianos, claro, turistas nao andam em autocarros, so mesmo nós, estagiários mal pagos! Começaram de imediato a rir-se de mim, a olhar para mim, como disse as pessoas até na praia estão com roupa, por isso imaginem-me a entrar no autocarro assim. Ainda pensei se deveria vestir ou não a t-shirt, mas acabei por a vestir. Quando a estou a vestir, com a t-shirt na cabeça sem ver nada, o autocarro para de repente, travagem mesmo forte, como indicam as regras Indianas. Consequência, bato com o peito no poste do autocarro. Agora sim, todo o mundo se ria de mim, alto e bom som! Na volta passamos por um restaurante para tentar jantar, para tentar comer peixe. Estivemos todo o fim-de-semana a tentar comer peixe, sem sucesso, excepto se considerarem 5 miolos de camarão (bem pequenos) peixe, eu não! Nem para abrir o apetite deu...

 À noite tentamos encontrar um lugar para sair, e para nossa surpresa encontramos um! Para quem não sabe em grande parte da Índia (no sul) bares, discotecas, tudo fecha as 23:30 no máximo. Grande seca eu sei! Brincadeira, encontra-mos um, que estava a fechar! Como dizem os franceses e já que estamos a visitar "frança", C'est la vie. E que fazer agora? A noite só esta a começar! Toca a ir para casa, comprar umas cervejas no camibgo e jogar uno no meio de uma conversa. Mas atenção jogar uno, com regras de benson town! Coisa difícil, a adaptação não foi muito fácil. Estivemos lá por alguns momentos, mas o pior que encontrei por Pondicherry estava para dar cabo de nós, e de que maneira! Mosquitos, dezenas deles no mesmo lugar, nunca vi tantos mosquitos na minha vida e acreditem por aqui as vezes encontra-se muitos mosquitos. Imaginem a Carmen Miranda com toda a sua fruta na cabeça, agora por momentos esqueçam a fruta e ponham no lugar mosquitos, era tal e qual o aspecto da minha amiga Cynthia. Como se estava a tornar impossível ficar por lá, fomos para dentro do quarto, ficamos por lá algum tempo mas as raparigas queriam dormir. Eu e o Ronan voltamos para fora, mas foi por pouco tempo, estava com repelente, e muito, mas mesmo assim era impossível estar lá.

No dia seguinte basicamente fizemos a mesma coisa,  explorar a cidade e praia. na vinda para cá tivemos um dos momentos mais engraçados por lá. Como já disse as pessoas por lá eram mais simpáticas que o normal, da India. Por norma os "picas" são antipáticos por Bangalore, as pessoas nem sequer falam entre elas, um ambiente um bocado "mau". Mas por aqui era o oposto, tão diferente que o pica começou a dançar dentro do autocarro. Imaginem o gajo mais tolo numa discoteca a dançar, agora coloquem-no num autocarro, era basicamente assim. Ah, mais ali, claro para ele estar a dançar, põem musica nos autocarros, já para não falar que aqui nãp existe tráfico! Demais! E não é baixinho, é mesmo nas alturas. Devo dizer que estava chocado

Para concluir a viagem foi boa, não pela cidade enquanto cidade turistica, mas sim pelo ambiente a volta da cidade, pelas pessoas com quem viajei. Podia haver mais historias por aqui, mas essas sao para ficar no segredo dos deuses, ou quem sabe talvez no futuro. Fiquem atentos!

Ansioso pela próxima viagem!