Thursday, November 10, 2011

Jodhpur, a cidade azul

Bem pela manhã, cerca das 6h, chego a Jodhpur, mais uma vez de comboio. À saida da estação da-se a confusão do costume com com os condutores de rickshaw. Mas uma vez que ainda era cedo, e segundo o lonely planet a cidade era já ali ao virar da esquina, vou a pé para a cidade. Ao entrar no coração da cidade começo a olhar para o mapa, onde só tem uma ou duas estradas, e começo a olhar para a frente onde vejo dezenas de pequenas ruas! Para variar o lonely planet dá-nos as respostas que precisamos! A melhor maneira de imaginarem a cidade é vendo um daqueles jogos em que temos um labirinto e passamos horas  a tentar descobrir como chegar ao outro lado, foi assim que me senti naquele momento. Depois de andar para a frente e para trás, de passar no mesmo sítio vezes sem conta lá encontrei o lugar para onde queria ir. Mas ainda tinha o meu teste final, depois de uma noite no comboio sem dormir, de discutir com os condutores, de andar perdido ainda tinha que subir uma colina onde claro tinha uma vaca no meio da rua. Para imaginarem o tamanho destas ruas, uma vaca se se põe atravessada na rua, eu tenho dificuldades em passar, e foi exactamente isso que aconteceu! Se tivesse chegado à Índia à pouco tempo com certeza teria dado a volta e tentado ir por outro lado. Mas ao chegar à guest-house deparei-me pela primeira vez com a vista sobre o forte, magnifica!

Estive a descansar cerca de  uma hora para então me dirigir à procura do forte. No inicio tentei ir a pé, pelo meio ainda tentei negociar o preço com "auto drivers", mas nesta pequena cidade quando vêem um branco, ainda para mais sozinho começam logo a pensar que somos daqueles turistas cheios de dinheiro. Já depois de muito andar,de muito tentar negociar lá arranjei um preço aceitável. Nunca tinha tido tantas dificuldades em negociar como aqui e acho que esta foi a pior cidade para isso, mas lá por fim consegui. Bem que posso agradecer a Bangalore por me ter preparado para estes encontros "paranormais". Pedi então a ele para me levar ao palácio, indicando a direcção do forte bem lá no topo da colina. Mas depois de andar algum tempo percebo que ele não me estava a levar para onde queria mas sim para outro lugar, para outro palácio! Por sinal também queria ir lá, ficou a caminho, lá tive foi que renegociar o preço! Mas depois de todas estas visitas quando chego ao forte ele ainda queria mais, mais uma vez tive que andar a discutir com os auto drivers!

Mas tudo acabou, vi o forte que é esplêndido. Não posso dizer que é o melhor que já vi mas sem duvida dos melhores. Depois aventurei-me a ir sozinho para a cidade, primeiro por sítios em que seria impensável, mas com a ajuda de alguns Indianos que fui conhecendo lá cheguei ao fundo da cidade. A partir daqui o desafio era passar por todas aquelas ruas estreitas que se parecem todas as mesmas.  A cidade merece a visita essencialmente pelo seu forte, no inicio era para ficar dois dias nesta cidade mas depois decidi alterar os meus planos e ficar só um. Tenham é cuidado para quem for visitar esta cidade, aqui começa o deserto que vai até ao Paquistão por isso as temperaturas são bem altas. O dia em que estive aqui tinha temperaturas para cima de 40ºC. 

O pior de tudo foi depois mesmo para sair da cidade! Não imaginam quantas vezes me perdi, sai da guest-house para voltar a dar ao mesmo ponto vezes sem conta. Pensava que aqueles filmes em que as pessoas se perdem e voltam ao mesmo lugar diversas vezes nunca acontecesse com ninguém mas pelos vistos estava errado. Depois para arranjar um auto driver levei um bom tempo também, não sei porque mas naquele dia ninguém queria trabalhar, estava tudo de folga. Mais uma aventura para recordar! Agora segue-se Jaisalmer.

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