Tuesday, March 22, 2011

Goa, um pequeno pedaço de Portugal

Goa, um estado da Índia, antiga colónia Portuguesa. Um bonito lugar para viver, viajar, para aproveitar. A primeira vez que fui a Goa, tenho que admitir que foi um bocado esquisito. Esquisito, no sentido em que parecia que estava a entrar noutro país, parecido, mas não o mesmo. Foi muito bom reconhecer tantas coisas típicas do nosso país. Os nomes, a arquitectura, os edifícios por nós deixados lá, tantas coisas. 
Entramos em Goa por umas montanhas, curva e contra curva, a viagem por esses lados não foi muito simpática, compensava a vista, algo maravilhoso. É realmente maravilhoso os contrates que por ali podemos encontrar, em um momento estas no meio de uma montanha, algum tempo depois estas no meio de uma praia. O maravilhoso por aqui é que apesar de ser um dos maiores destinos turísticos na Índia, grande parte do estado continua rural. Durante a minha chegada podemos ver pelo caminho pequenas lojas, com nomes típicos Portugueses como farmácia ou café. Eu gosto de dizer que Goa é um pequeno pedaço de Portugal, pelo menos para mim. Na Índia é praticamente impossível ter qualquer tipo de cultura Portuguesa, aqui temos um pequeno refugio para nós.

Na minha primeira viagem fiquei lá por dois dias, fomos à praia, alugamos umas motas, fomos explorar o norte da ilha. Foi realmente bom, a primeira vez é sempre algo de especial. Também por coincidência foi a ultima viagem de um colega nosso. Mas a coisa não correu bem para ele. Aqui tens que estar sempre à espera que a tua próxima refeição poderá dar cabo de ti, não significa que esteja estragada, mas apenas o facto de estar um bocado mais picante que o normal, poderá dar cabo do estômago. Por coincidência foi a ele que afectou mais, passou o fim de semana na cama...

Na segunda vez, fomos a um outro lugar, novamente no norte. As diferenças entre a primeira vez e a segunda, não diria que são gritantes, mas são visíveis. A primeira era uma praia, praticamente deserta, com vacas na praia, aquela típica vaca Indiana que está em todo o lado. Desta vez era mais uma praia turística, onde não se viam as vacas, mas sim cães, muitos deles. Até fizemos um amigo lá, Jimmy, que cão maravilhoso! O cão pertencia ao dono do restaurante (por coincidência também era o dono onde dormimos), ele era como uma espécie de guardião do local. E que guardião, guardava também o local que afugentava até os clientes. De repente só vimos o Jimmy a começar a correr e ferrar um gajo, Indiano. Por norma só ladrava aos Indianos, o que não me deixou muito seguro. Até porque ele estava mesmo por trás de mim, sorte a minha. Enquanto esperava pela comida, enquanto comia, não tirava os olhos do cão. Por sorte minha esta não era a minha ultima história com ele, à noite outra vez meteu-se no meio do caminho, desta vez não podia mesmo mexer-me, tive que esperar que alguém da casa o tirasse de lá. Digamos que foi um cão que gostou mesmo de mim. 

Desta vez, para minha satisfação ficamos 3 dias em vez dos 2 da ultima vez. Com 3 dias podemos gozar muito mais, não precisamos de pensar sempre que amanha já temos de voltar, o tempo passa mais devagar. Mas sejam dois ou três dias, sabe sempre bem viajar.

Mas agora Goa começa a esquecer a sua história. O português já não é mais uma língua falada por aqui, apenas pessoas muito idosas falam Português, pelo menos assim me falam as pessoas. Verdade seja dita, nunca vi ninguém a falar Português. Agora Goa começa a ser conquistada, pelos russos. É impressionante o número de russos que andam por aqui, em cada 10 pessoas, pelo menos 5 são russos, se não mais. E dos outros 5 não estejam à espera que sejam Indianos. Os Indianos apesar de terem tantas e fantásticas praias, não são muito fãs delas. Alias grande parte deles, nem nadar sabe.  Mas retornando à Russia, até os menus são em russo. Para as pessoas que se queixam que no Algarve é só Ingleses ou Alemães, esqueçam!  Pelo menos aí podemos encontrar Portugueses, e por norma ainda são cerca de 50%, aqui nem 10% são Indianos.

Na primeira vez fomos a Old Goa, ali parece mesmo que estamos em Portugal. As igrejas, são completamente Portuguesas, a calçada, as ruas, a arquitectura envolvente, etc. Infelizmente não tive a oportunidade de visitar toda a Old Goa, espero ter a oportunidade de lá voltar com mais calma. É realmente interessante ver como o nosso país contribui, adicionando valor a Goa. Penso que é perfeitamente visível que aqui, pequenas coisas que o resto da Índia tem e que não são agradáveis, aqui não se nota tanto. Desde a simpatia das pessoas, à forma como levam a vida de uma forma diferente, penso que é possível ver como não é, no mínimo igual ao resto da Índia, na minha opinião graças a nós.


Bem este fim de semana lá volto outra vez a Goa, com tanto sitio para viajar, acabo sempre por voltar a Goa. Sabe bem, devo admitir!




Monday, March 21, 2011

My weekend, the Wonder La and HOLI


 This last weekend was great. Lot of fun, different things to do, so wetted, so colored! And of course exhaustive. I don’t know why but every Monday I’m really tired. We should have a holiday in Monday to recover from the weekend. Anyway that’s how the weekend feels well, being tired only meant that was awesome! But let’s star by the beginning.

Friday night, my first party in Frazer palace, at least since I live there. The party was cool, Ronan make us left and a lot! Oh yeah Ronan, we have fun, lot of the time because of you. In the other point we had Cynthia and Claire, sick! I don’t know why but this week almost every girls of benson town and Frazer palace were sick, and from the same thing, I just would like to know why, what they were doing???!!! Coincidences… But returning to the party it went well, it was a calm party, basically we chat, but sometimes we don’t need more to have a nice party.

Also was the first time that Ricardo knew the people of benson town and other people that went to the party. By the way Ricardo is the new intern that arrived is last week. Another Portuguese! It’s so weird that palace now. We live 8 people there, yes you listen well, 8 people. And from that 8 only 3 don’t speak Portuguese. Before I came to India I was thinking, I won’t find anyone that will speak Portuguese with me, and the truth is that I lived with 4 people that speaks Portuguese. Too much weird! Some times I think, this is good? Or not really? I can’t answer to that question, only the time will answer to that, maybe…

In the next day we went to Wonder La! Wonder La is a thematic park, with a “dry part” and a aquatic park. When I went there I thought that was only an aquatic park. Wrong! We passed good moments there, for the first moment I went to a club where was raining! Pretty cool, some clubs could do the same. The park was cool, but nothing out of the ordinary. I was expecting big water falls, lot of excitement, but no way. I was thinking that I could find something like Aqualandia (Benidorm) as in last year, that was supreme (and also scary). Another thing that was weird for me was to find so much security there. For being honest I was expecting almost any security, but was completely the opposite, they had so much security, in some cases too much. With that we had to wait so much. I recommend it, to get out a little bit, out of the routine, go there. It’s not very “Indian” but everybody likes to have fun.

Now the best part of the weekend! Holi, one of the major festivals in India. The festival of colors. I don’t know all story about it (actually someone told me about it, but as usual I forget everything), so just imagine that is awesome. The best way to compare it, is for you to imagine the carnival when you’re kid, and you’re wetting everybody with water. Now just add so many colors in the the water, and also only the colors and throw it to the people, play with them. And you have Holi, basically the brief. We also add beer and a special drink of holi, bhang (I think) that is made of tea with milk and another thing that doesn’t matter! Actually I liked the drink, very sweet in my opinion. Like carnival, with holi you have to participate to feel it. Words are very pretty, but if you don’t participate you will never know how It’s holi. If you have the chance, do it! Just remember that some colors take some days (I’m being very optimist) to disappear. I’m still so much pink, oh yes, from all the colors, I’m basically pink with some green.

In general, a nice weekend passed in Bangalore, showing that we also can have fun in Bangalore, and without the necessity of going to IVES.

Next weekend I’m going to Goa (yes I know, again!). What can I do?!, I love it! I just hope for that time all the colors will have disappear, otherwise it will be a little embarrassing.

Have fun! And for people in Europe (and not only) enjoy spring!    

A barreira dos 60

Após quase mês e meio de Índia quebrei a barreira dos 60kg! E não pensem que peso mais de 60, é precisamente o contrário estou nos 59! Já não deveria ter este peso desde os meus 10 anos de idade. Impressionante desde há cinco anos atrás tento perder peso, em vão, acho que foi sempre a aumentar. Cheguei aqui com 68, acho que grande parte desses 6kg foram perdidos logo na primeira semana.

Sempre fui uma pessoa que nunca gostou muito da comida picante, mas por aqui é coisa que não existe. Considerem ai o prato mais picante que conhecem, aqui nem picante dizem que tem.Aqui, mesmo o chili  (picante para carago!) eles comem, como se fosse um aperitivo. Eu uma vez pus aquilo a boca a pensar que era um vegetal, erro meu, nem queiram saber o que passei a seguir. Comi, bebi e parece que continuava tudo na mesma.

Agora imaginem me aqui na minha primeira semana. A primeira vez que comi comida por aqui, até disse mal de mim, e pediram para mim o que havia de menos picante. Eu suei tanto, por todos os lados, e não sou pessoa de suar. A minha primeira semana foi passada na casa de banho! Sem mais comentários! Acreditem nunca passei tanto tempo na casa de banho. A primeira coisa que fazia quando chegava a casa a noite era ir para lá. Aqui tenho que agradecer aqueles comprimidos que são mágicos, que nos ajudam a parar a diarreia, milagrosos!  Mas o problema não é só a diarreia, são os "socos" que levas no estômago, o queres comer e não saber o que por teres medo! 

Mas eventualmente tudo foi passando, continuo a ir a casa de banho, o picante continuo a sentir mas o estômago já nem por isso. Agora falando especificamente da comida Indiana, eu gosto! Sinceramente era coisa que não tinha pesquisado antes de vir, apenas descobri quando cheguei cá! É dicifil explicar o que é a comida Indiana, mas vou o tentar fazer. Já comecei a pôr algumas fotos no álbum, mas tentarei adicionar mais. 

Para começar tens que dividir a comida Indiana em dois tipos: vegetariana e não vegetariana. Isto vem essencialmente do Hindu, tal como o Cristianismo que se divide em vários tipos, o Hinduísmo é a mesma coisa. Umas variações permite comer carne (ou peixe) outros nem por isso. A verdade é que mesmo os que não são vegetarianos, comem pouca carne. Restringem-se essencialmente ao frango e pouco mais. A comida Indiana caracteriza-se essencialmente pela sua comida picante, primeiro que te adaptes (e nunca te adaptas completamente) tens que sofrer muito, mesmo muito. Todas as semanas temos um estagiário que passa mal. Mas depois de te habituares, começas a apreciar a comida, que por sinal e boa, pelo menos sem o picante. Mas ao mesmo tempo eles possuem comida, como explicar???!!! Doce, acho que a palavra será mesmo doce. Eles para alem da comida picante ao mesmo tempo, possuem comida mesmo muito doce. Pessoalmente para mim torna-se difícil comer comida doce. Consigo comer um bocado, mas nunca consigo terminar.

Eu basicamente como essencialmente comida vegetariana, como disse mesmo as pessoas que não são vegetarianas costumam comer mais comida vegetariana. Assim se passa com os meus colegas com quem vou almoçar. O lugar costuma ser sempre o mesmo, Kadamba! Boa comida ali encontro devo admitir. No inicio sentes te "excitado", todos os dias experimentas algo novo, mas passado mais de um mês estas sempre a comer a mesma coisa. A comida continua a ser boa, mas repetitiva. Vou tentar me lembrar e tirar fotos do que costumo comer, já comecei a fazer isso, espero que me lembre. A comida por aqui e mesmo diferente, e difícil explicar o que estamos a comer, pessoalmente as vezes nem sei o que estou a comer, e na maior parte das vezes e melhor nem saber.

Este e o meu conselho da semana, se querem emagrecer, venham fazer uma visita.
Aqui estou a espera. 








Saturday, March 19, 2011

Frazer town, agora denominado Frazer palace

Terça-feira, 1 de março, um dia comum para tanta gente, o dia em que alguns de nós deixamos Raheja. A vida nunca será mais a mesma após raheja. Aquele apartamento tem mais histórias do que podem imaginar, mais histórias do que alguma vez eu poderia imaginar. Se as paredes falassem, certamente ouviria histórias inacreditáveis.

Aquele apartamento é (era) por norma o 1º contacto que tens quando um estagiário chega a Bangalore. Foi o que aconteceu comigo, foi o que aconteceu com centenas, senão milhares de pessoas. Quando cheguei a raheja deveria ficar por lá apenas alguns dias (ou semanas) e depois mudar-me para um local mais perto do meu trabalho. Mas a verdade é que desde o primeiro momento que eu entrei naquele apartamento eu senti que aquele era o meu lugar (tirando a parte de estar a viver num sofá!). Talvez também por estar dois dias sem dormir e aquele foi o primeiro lugar onde pude descansar quando cheguei. Após alguns dias, após conhecer melhor as pessoas, decidi ficar por lá. Decidi escolher raheja, o seu ambiente, os amigos, a vida social, claro a piscina, quem consegue resistir a um apartamento com piscina?!! Por outro lado tive que abdicar do conforto de viajar, sim que desde raheja até ao meu trabalho em média desperdiçava 3h30 por dia em viagens.

Agora, depois que saí de raheja, que o tempo me permite discernir melhor, tenho a certeza que fiz  a escolha certa. Sem aquele apartamento não estaria conectado com os meus amigos, não teria tanta diversão, a experiência na Índia não seria tão grande. E no final, tudo se resume a isto, uma experiência inacreditável, é o que todos procuramos e com raheja torna-se mais fácil. 

Neste dia (1 de março) raheja está quase vazio, apenas duas pessoas estão ainda a viver lá. O fim de raheja está próximo, para mim acabou na quarta-feira, quando fizemos a festa de despedida. Foi bom ter tanta gente por lá, tanta gente da Aiesec de bangalore, coisa que não é muito normal. A festa foi boa, num tom já de nostalgia, saudade, palavra que só posso utilizar neste post (e não no de Inglês). O meu ultimo momento por lá acho-o curioso, no mínimo. Foi a tirar coisas de raheja para levar para frazer town, este é o momento que marca a transição da passagem de raheja para frazer town. 

Agora, em frazer palace, não mais frazer town, estou me a acostumar. Aos poucos, não será de um dia para o outro. Ainda ontem me perdi no autocarro ao vir para cá, perdi, bem digamos que não saí na paragem certa. Apenas tive que fazer o caminho inverso. Frazer town (não a casa mas o lugar) a primeira vista não parece ser o melhor, mas depois de alguns dias percebo que até é um bom lugar para se viver. Frazer town é um parte de Bangalore conhecido essencialmente por ser um bairro islâmico, acho que 80% senão mais são muçulmanos. O melhor daqui será porventura que se encontra carne com mais frequencia, coisa dificil em outra parte de bangalore. As pessoas na Índia em grande parte ou são vegetarianas ou preferem comer comida vegetariana, por isso torna-se difícil arranjar carne ou comer carne. Mesmo as que não são vegetarianas apenas comem, frango e por vezes cordeiro. Se vierem aqui, preparem-se para abstinência de carne. Macdonald's aqui? Eu gosto de lhe chamar Machicken apenas, os menus são basicamente a base de frango. Esta quarta foi um longo dia para mim, após a minha primeira noite por aqui, passei horas a limpar algumas coisas por aqui, fui ajudar o gajo que está a alugar o apartamento a comprar coisas para casa (para tentar tornar um lugar decente, não queiram imaginar como era isto quando cheguei aqui para ver o apartamento). Depois lá tive a festa de despedida de raheja, o dia não poderia acabar sem isto! O palácio (palace) seguramente ainda não é palácio, considerem-no apensa semi-palácio, por agora. Aos poucos lá se chegará a palácio.

O melhor neste novo apartamento é o espaço, mesmo grande, com uma varanda, e ainda melhor um telhado para nós. Era perfeito para fazer churrascos, mas não há condições, e apesar de ser mais fácil encontrar carne aqui, isso refere-se mais aos restaurantes. É possível encontrar carne por aqui, mas não esperem que a qualidade seja boa, no mínimo será sempre duvidosa.

Bem o tempo esgota-se, a vida por aqui não para e hoje mais aventuras virão. Fiquem bem.


Até à próxima!











Wednesday, March 16, 2011

Pondicherry, provavelmente a cidade mais francesa da India

Este fim de semana fui pela primeira vez, não para o oeste da Índia, mas para o este. Também pela primeira vez viajei sem nenhum dos meus colegas de casa e apenas com pessoal de Benson town (outro apartamento com estagiários como eu). No total seriamos 4 pessoas a viajar, perfeito para viajar, não temos pessoas em excesso, nem em "defeito".  

Pondicherry foi então o lugar escolhido, uma antiga colónia francesa, um bocado como Goa mas de tamanho mais reduzido. Aproveito aqui para lembrar (esqueci-me de comunicar no ultimo post) que Goa, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma cidade, mas sim um estado. Saímos de Bangalore por volta das 11h da noite para chegar lá por volta das 6h da manhã. A viagem não foi muito agradável. A estrada que nos leva até pondicherry é mesmo má, cheia de buracos, estávamos constantemente a saltar que nem kangurus, já para não falar do ar condicionado que estava sempre ligado, uma temperatura fria encontramos por aqui, raro por estes lados, só mesmo com AC. Para complicar foi a primeira vez que viajei num autocarro sem camas, puramente só com bancos e ainda por cima não era turístico, mas sim um autocarro mais urbano.

Ao chegar encontramos uma guest house logo na segunda tentativa. A melhor em que estive até agora na Índia, e por um preço acessível. Até AC tinhamos, coisa muita rara por aqui, uma varanda bem agradável, e pessoas agradáveis. Dormimos por um bocado para recuperar as forças. Depois fomos tomar o pequeno almoço, a uma padaria francesa. Boa comida, bons bolos, e pela primeira vez na Índia encontrei pão, um pão típico, sem ser de forma! Acabamos e lá seguimos o nosso caminho, descobrindo um bocado da cidade. A cidade na verdade não tem nada de extraordinário para se ver, talvez para os indianos sim, uma vez que a cidade parece mais francesa do que Indiana. Basicamente a cidade tem alguns templos, igrejas, uma boa vista para o mar. A maior valia desta cidade é relativamente limpa, se compararmos com outra cidade Indiana, é mesmo muito limpa, pela primeira vez na Índia encontrei um caixote do lixo, acreditam?!!! um caixote do lixo!!! A cultura francesa esta exposta pela cidade inteira, desde a comida até à arquitectura. Por aqui até as pessoas são mais simpáticas, uma das maiores diferenças entre Bangalore e Pondicherry. Nesse aspecto Pondicherry e Goa são parecidas, aqui talvez devido terem sido colónias de países europeus as pessoas relacionam se de maneira diferente, o facto de continuarem a conviver com muitos estrangeiros também deverá ajudar. A cidade vale mais pelo seu ambiente do que pelo seus pontos turísticos.

Depois fomos até à praia, a cerca de 6km da cidade. A praia estava cheia de gente, um bocado para o sujo, com os Indianos a olhar para nós como é normal (principalmente para as raparigas). Na Índia as pessoas normalmente vão para a praia com a sua roupa e na maior parte das vezes nem a tiram, então as raparigas e impossível, sempre com a roupa. Por isso podem perceber como eles ficam quando vêem uma rapariga em bikini! Tivemos alguns perseguidores por algum tempo, se as raparigas iam à água, era a loucura! Se nao estivesse ninguem na água, de repente estavam logo no mínimo 6 pessoas, e sempre a aumentar. E também não são discretos, colocam-se mesmo à volta delas, bem chegados. Lá tivemos que andar um bocado para eles desistirem até à próxima praia. Esta por sorte estava deserta, apenas para nosso belo prazer. Com a noite a chegar tivemos que voltar. Fomos até à rua principal procurar por um autocarro, andamos um bocado e encontramos a paragem. O autocarro apareceu do nada, entramos à pressa, aqui ou se entra rápido ou se fica em terra, apenas questões de um dois segundos. O problema é que estava sem t-shirt, entrei mesmo assim, sem oportunidade de a vestir. Quando entrei o autocarro estava cheio de indianos, claro, turistas nao andam em autocarros, so mesmo nós, estagiários mal pagos! Começaram de imediato a rir-se de mim, a olhar para mim, como disse as pessoas até na praia estão com roupa, por isso imaginem-me a entrar no autocarro assim. Ainda pensei se deveria vestir ou não a t-shirt, mas acabei por a vestir. Quando a estou a vestir, com a t-shirt na cabeça sem ver nada, o autocarro para de repente, travagem mesmo forte, como indicam as regras Indianas. Consequência, bato com o peito no poste do autocarro. Agora sim, todo o mundo se ria de mim, alto e bom som! Na volta passamos por um restaurante para tentar jantar, para tentar comer peixe. Estivemos todo o fim-de-semana a tentar comer peixe, sem sucesso, excepto se considerarem 5 miolos de camarão (bem pequenos) peixe, eu não! Nem para abrir o apetite deu...

 À noite tentamos encontrar um lugar para sair, e para nossa surpresa encontramos um! Para quem não sabe em grande parte da Índia (no sul) bares, discotecas, tudo fecha as 23:30 no máximo. Grande seca eu sei! Brincadeira, encontra-mos um, que estava a fechar! Como dizem os franceses e já que estamos a visitar "frança", C'est la vie. E que fazer agora? A noite só esta a começar! Toca a ir para casa, comprar umas cervejas no camibgo e jogar uno no meio de uma conversa. Mas atenção jogar uno, com regras de benson town! Coisa difícil, a adaptação não foi muito fácil. Estivemos lá por alguns momentos, mas o pior que encontrei por Pondicherry estava para dar cabo de nós, e de que maneira! Mosquitos, dezenas deles no mesmo lugar, nunca vi tantos mosquitos na minha vida e acreditem por aqui as vezes encontra-se muitos mosquitos. Imaginem a Carmen Miranda com toda a sua fruta na cabeça, agora por momentos esqueçam a fruta e ponham no lugar mosquitos, era tal e qual o aspecto da minha amiga Cynthia. Como se estava a tornar impossível ficar por lá, fomos para dentro do quarto, ficamos por lá algum tempo mas as raparigas queriam dormir. Eu e o Ronan voltamos para fora, mas foi por pouco tempo, estava com repelente, e muito, mas mesmo assim era impossível estar lá.

No dia seguinte basicamente fizemos a mesma coisa,  explorar a cidade e praia. na vinda para cá tivemos um dos momentos mais engraçados por lá. Como já disse as pessoas por lá eram mais simpáticas que o normal, da India. Por norma os "picas" são antipáticos por Bangalore, as pessoas nem sequer falam entre elas, um ambiente um bocado "mau". Mas por aqui era o oposto, tão diferente que o pica começou a dançar dentro do autocarro. Imaginem o gajo mais tolo numa discoteca a dançar, agora coloquem-no num autocarro, era basicamente assim. Ah, mais ali, claro para ele estar a dançar, põem musica nos autocarros, já para não falar que aqui nãp existe tráfico! Demais! E não é baixinho, é mesmo nas alturas. Devo dizer que estava chocado

Para concluir a viagem foi boa, não pela cidade enquanto cidade turistica, mas sim pelo ambiente a volta da cidade, pelas pessoas com quem viajei. Podia haver mais historias por aqui, mas essas sao para ficar no segredo dos deuses, ou quem sabe talvez no futuro. Fiquem atentos!

Ansioso pela próxima viagem! 

Monday, March 14, 2011

Trabalho em equipa

Trabalho Em Equipe: Fator Da Qualidade

Autor: Luiz Santos

O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE

As transformações sociais pelas quais passamos nas últimas décadas também desencadearam mudanças nas relações de trabalho. O conceito de competência foi ampliado e hoje ser competente não significa apenas demonstrar o conhecimento técnico exigido pela profissão, mas também ter autonomia para solucionar problemas e disposição para participar ativamente no ambiente de trabalho, tomando decisões e assumindo responsabilidades com base no trabalho em equipe.

Em outras palavras, qualificação esta baseada no conjunto de capacidades técnicas, mas principalmente na capacidade de organizar, coordenar, inovar, agir em situações nem sempre previsíveis, decidir e cooperar com a equipe de trabalho. Essas competências, construídas mediante aprendizagem em situações de trabalho ou não, configuram-se hoje como indispensáveis para o profissional garantir seu lugar ao sol.

A pergunta-se que se faz é: "Como adquirir todas essas competências de caráter técnico, pessoal, social e participativo?". É claro que a vida se incumbe de ensinar a cada um, dentro de seus círculos sociais, muitas dessas competências, porém nosso objetivo aqui é repassar algumas técnicas, estimular o desenvolvimento das capacidades sócio-comunicativas dos futuros, uma vez que aprender a se comunicar e a viver em grupo também implica novas responsabilidades sociais.

Habilidades como saber se comunicar, negociar no grupo, apresentar as próprias idéias, discutir, ser curioso, saber ouvir, valorizar a opinião dos membros do grupo e perceber como a diversidade de visões sobre um mesmo problema enriquece uma discussão são atributos indispensáveis para o processo do trabalho em equipe.

 É preciso saber que não há espaço para individualismos no trabalho em equipe. Toda atividade é entendido como resultado de um esforço conjunto e, portanto, as glorias e os fracassos são de responsabilidade de todos os membros da equipe e não de um único membro. O sentido de equipe nasce da integração individuo/organização, evidenciada pela adesão espontânea aos compromissos e metas, sem a imposição de valores ou procedimentos. Só existe equipe quando todos conhecem os próprios objetivos e as metas da empresa e desenvolvem uma visão critica a respeito do desempenho de cada um e do grupo.

No trabalho em equipe, quando um perde, todos perdem; quando um ganha, todos ganham; quando todos cooperam, fica mais fácil realizar as atividades e os serviços ganham em produtividade e qualidade.

 

 I - ENTENDENDO O TRABALHO EM EQUIPE.

É muito comum ouvirmos que no dialogo reside o segredo do trabalho em equipe. Do dialogo emergem idéias e emoções; através dele as pessoas se aproximam e se consegue chegar a soluções e entendimentos. Se quisermos a cooperação de uma pessoa, precisamos cativá-la de forma a despertar sua confiança. E só conseguimos isso por meio do dialogo, da conversa.

É importante ressaltar que os interlocutores podem ter ( e quase sempre têm) formas diferentes de entendimento. E é nesse ponto que uma "negociação" se faz necessária. O resultado do trabalho em equipe de pende da capacidade de negociação e de argumentação das pessoas envolvidas, o que implica saber ouvir e ceder diante de razões bem fundamentadas, dados convincentes, informações fidedignas e experiências referendadas. No trabalho em equipe, o dialogo deve estar presente o tempo todo, porque, embora as metas do grupo sejam comuns, as idéias nem sempre são convergentes. Pontos de vista diferentes podem ocasionar animosidade e discussões e, muitas vezes, descambam para o terreno puramente pessoal. Nesses casos, a conversa acaba gerando um bate-boca improdutivo, que só pode ser contornado se os membros da equipe tiverem como meta estabelecer acordos, tendo como guia os objetivos da empresa.

 

 II - COMO TRABALHAR EM EQUIPE.

Discutir exclusivamente idéias: Um bom profissional busca idéias e discute idéias; evita questões pessoais no trabalho em equipe e considera apenas propostas concretas.

Buscar um diálogo competente: os argumentos devem sempre ser apresentados de maneira clara, para que possam ser entendidos e discutidos pelas partes. ·

Não temer o conflito: o bom líder ou membro de equipe deve saber lidar com o s conflitos e administra-los com firmeza e habilidade. Os conflitos acabam sempre acontecendo e isso é saudável, desde que se saiba tirar deles melhor proveito para o sucesso da negociação. Conflitos não significam desavenças, mas diferentes pontos de vista.

Saber ceder: fazer concessões em nome do grupo é uma atitude natural dos que trabalham em equipe. Desse modo, consegue também aceitação e aprovação de todo o grupo.

Discordar construtivamente: Criticas são sempre construtivas quando feitas com critério. Criticar é saudável, mas há pessoas que concordam com tudo só para terem o trabalho de analisar o assunto; há outras que não desejam se expor nem se comprometer.

Construir idéias: uma idéia pode ser ampliada ou modificada através de discussões e acordos e, assim, resultar numa ação conjunta. 

 

III - FASES DO TRABALHO EM EQUIPE. ·

Abordagem: o profissional deve saber como encaminhar qualquer questão no ambiente de trabalho, seja para sugerir mudanças, seja para criticar ou elogiar os serviços ou os colegas. O profissional precisa aprender a apresentar suas idéias no momento certo, de maneira a estabelecer relações pessoas construtivas. ·

Conversa: Tendo conhecimento profundo da situação e dos objetivos que pretende alcançar numa conversa (numa reunião, num momento de decisão, na hora de resolver um problema), o membro da equipe deve apresentar uma argumentação que justifique suas opiniões, idéias e sugestões. È preciso fugir da tentação de falar demais se não tem o que dizer, tampouco deve deixar de falar por receio de se expor ou de não agradar.

Superação de objeções: nesta fase do trabalho em equipe, ocorre a avaliação das sugestões e propostas apresentadas. Os parceiros de trabalho contrapõem argumentos e posteriormente avaliam as sugestões e as propostas apresentadas.

Acordo: ultrapassada a fase dos debates entre os membros de uma equipe e a apresentação do ponto de vista de cada um, o profissional precisa ter o espírito de corporação e procurar chegar a um consenso com os colegas. Lembramos que consenso não implica, necessariamente, unanimidade; ele leva em conta as posições de todas as partes interessadas na conciliação das opiniões conflitantes.

Re-abordagem: abrir possibilidades para um assunto ser reabordado pela equipe de trabalho é acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo, a um consenso. A Reabordagem confirma que o trabalho em equipe eficaz é o resultado do cultivo permanente da idéia do "nós". Ela pressupõe a possibilidade de rever posições ou decisões tomadas, a partir do momento que um fato novo ou numa reflexão mais profunda aponte para uma solução melhor.

 

IV - O LIDER E A RELAÇÃO DE PODER NA EQUIPE.

Engana-se quem pensa que ter poder e ter força, é mandar, ordenar, dar, instruções, oprimir. Ter poder é ter capacidade de exercer influencia ter poder é provocar mudanças no comportamento ou nas atitudes de outro individuo. Lembre-se de como a televisão e a imprensa são poderosas. Podemos dizer que, em toda organização, há pelo menos dois tipos de poder: O Poder Institucional e o Poder da Influência.

O poder institucional também conhecido como o poder legítimo ou a autoridade formal baseia-se no entendimento de que pessoas e grupos específicos, devido à posição que ocupam na instituição, têm o direito de exercer influencia – como no caso de empresas que nomeiam supervisores, gerentes, diretores.

 No poder institucional o subordinado obedece por obrigação, mesmo se não reconhece a autoridade de quem lhe comanda.

Já o poder de influencia não depende do exercício de cargos formais. Ao contrario, ele é o poder concedido pelos influenciados e envolve admiração, aceitação e prestigio pelo reconhecimento da competência. Quando por exemplo, fazemos o que um médico manda, estamos concordando com seu poder de influencia.

 Esse tipo de poder tem por base a seguinte crença: Quem influencia tem alguma competência relevante ou um conhecimento especial que o influenciado não possui.

 

 

http://www.artigonal.com/recursos-humanos-artigos/trabalho-em-equipe-fator-da-qualidade-518820.html

Perfil do Autor

MBA em Consultoria Empresarial.

Sócio-Diretor da PHD Consultoria e Treinamentos - Empresa especializada em Consultoria para pequenas e médias empresas.

Ministra Palestras e treinamentos.

.Contatos:luizsantos.phd@gmail.com